Com expectativa de mais de 72 mil pessoas, todas as entradas para a decisão serão feitas de forma digital (YASIN AKGUL/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 10 de junho de 2023 às 13h58.
Última atualização em 10 de junho de 2023 às 14h04.
Na última edição da final da Champions League, a partida atrasou cerca de 35 minutos por conta de confusões envolvendo a chegada de torcedores ao Stade de France, em Paris. De acordo com a UEFA, os distúrbios foram causados por conta de inúmeras tentativas de torcedores com ingressos falsos. Por conta do imbróglio, a entidade mudou a estratégia para os torcedores que acompanharão o jogo entre Manchester CIty e Inter de Milão.
Com expectativa de mais de 72 mil pessoas, todas as entradas para a decisão serão feitas de forma digital, por meio do aplicativo da competição, sistema parecido com o que foi utilizado durante a Copa do Mundo de 2022.
No Catar, os torcedores que acompanharam os jogos do Mundial acessaram os estádios através de uma plataforma criada pela FIFA, em que o ingresso era liberado de acordo com a localização do dispositivo do usuário.
Para um dos eventos mais procurados do mundo, a carga de ingressos foi distribuída da seguinte forma: 20 mil para cada equipe, 7.500 bilhetes foram vendidos no site da UEFA e mais de 24 mil entradas foram destinadas para patrocinadores. Nos meios oficiais, todos os tíquetes já foram vendidos.
“A tecnologia é essencial para otimizar a operação de eventos desta magnitude, principalmente no sentido de agilizar, facilitar e modernizar a jornada do torcedor”, afirma Tironi Paz Ortiz, CEO Fundador da Imply, companhia especialista na implementação de mecanismos tecnológicos em estádios e responsável pelo sistema da venda de ingressos de equipes da elite do futebol brasileiro, como Flamengo, Internacional e Atlético-MG.
Por outro lado, para estabelecer um padrão de segurança ainda maior aos fãs e inibir o cambismo, Tironi sugere o controle de acesso biométrico ou até mesmo por reconhecimento facial. “A validação da biometria, seja através da impressão digital, reconhecimento facial ou outras, é uma solução eficiente para aumentar a segurança no futebol. Na Arena da Baixada, por exemplo, depois que implementamos a biometria, os índices de violência nos jogos reduziram drasticamente”, acrescenta o executivo.
Na Série A do Campeonato Brasileiro, o Goiás foi o primeiro clube a padronizar o acesso dos torcedores no Estádio da Serrinha. Desde o fim da temporada passada, todos os torcedores, incluindo o público visitante, precisam de um cadastro no site oficial do clube e só entram na arena por meio do reconhecimento facial, sistema similar ao usado em alguns smartphones.
“O clube investiu nestas medidas para dar mais segurança para os esmeraldinos e combater a venda ilegal de ingressos. Apesar do custo, o retorno, em diversos aspectos, é extremamente positivo, tornando a ida ao jogo uma jornada muito mais agradável”, comenta Tiago Pinheiro, diretor de marketing do Goiás.