Profissional ESG: empresas têm dificuldades para encontrar profissionais qualificados para aplicar os princípios ambientais, sociais e de governança (Luis Alvarez/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2022 às 16h30.
Última atualização em 10 de janeiro de 2022 às 16h45.
O ano de 2022 já começa com o mercado de trabalho agitado. Enquanto 12% da população enfrenta o desemprego, as empresas encontram dificuldades para conseguir profissionais qualificados para áreas em ascensão. Em entrevista à Exame, Ricardo Basaglia, diretor geral da Michael Page, afirmou que esta dicotomia entre posições abertas sem profissionais para preenchê-las e o alto número de desempregados será uma das marcas do contexto do mercado este ano.
De acordo com um levantamento feito pela consultoria PageGroup, a busca será cada vez maior para setores de tecnologia, marketing e mercado financeiro. Nesta última área, o segmento que mais tem se destacado desde 2020 é o ESG, que é a sigla para questões ambientais, sociais e de governança.
Ou seja, é uma classificação que ajuda a identificar empresas que não se importam apenas com indicadores financeiros, mas também com questões trabalhistas, questões climáticas e emissões de carbono, por exemplo. Diversos levantamentos apontam que empresas que se comprometem com as práticas ESG tendem a aumentar a lucratividade e ganhar mais valor de mercado no longo prazo.
Uma pesquisa feita pela consultoria Grant Thornton em 2020 apontou que a importância das práticas ESG para os negócios é reconhecida por 89% das lideranças de empresas brasileiras. “As empresas estão sendo cobradas por investidores, clientes, colaboradores e pela sociedade em geral para adotar as boas práticas de ESG, não tem mais como fugir disso”, afirma Renata Faber, que é especialista em investimentos e responsável pela área de ESG na EXAME.
A preocupação das instituições em se enquadrarem cada vez mais nesses padrões movimenta um mercado trilionário. Em 2021 o setor ESG bateu recordes atingindo a casa dos 30 trilhões de dólares. Segundo um levantamento feito pela Bloomberg Professional Services, esse valor poderá chegar a 53 trilhões de dólares em 2025. A conferência do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, e a COP26 foram eventos que trouxeram ainda mais à tona e jogaram luz sobre as questões ESG.
Durante o Fórum Econômico em 2020, uma das maiores gestoras de investimentos do mundo, a BlackRock, afirmou que suas políticas de investimentos passariam a considerar os critérios de sustentabilidade ambiental, social e governança. Esse movimento foi seguido por grandes instituições financeiras no mundo inteiro, provocando uma reação em cadeia.
No entanto, um dos grandes problemas encontrados por empresas é justamente a tendência registrada pelo Page Group: a falta de profissionais qualificados. Em dezembro de 2020, a CFA Institute, uma associação que certifica profissionais de finanças, divulgou um relatório em que revelava que menos de 1% dos profissionais de investimentos cadastrados no LinkedIn (meio por onde o levantamento foi feito) tinha formação adequada em ESG.
Pouca oferta e muita demanda faz com que a área ofereça altas remunerações, com salários que podem chegar, em média, aos RS 20 mil mensais. Outro fator motivador para a especialização na área é que não há pré-requisitos para fazer cursos ou trabalhar com o tema. Profissionais de diversos setores podem buscar a especialização em sustentabilidade, e a formação também pode ser um caminho para a recolocação profissional ou a mudança de área.
Com a alta demanda do mercado, algumas instituições começam a estruturar e ofertar cursos e especializações em ESG. Um bom profissional do setor precisa ser capaz de entender, implementar e medir os impactos dos padrões de responsabilidade social, governança e sustentabilidade no desempenho dos negócios. De maneira geral, esse especialista precisam saber:
Observando essa deficiência na qualificação e falta de preparo dos profissionais para aplicar as práticas ESG no meio empresarial, a especialista em ESG da Exame Invest, Renata Faber, decidiu preparar a série gratuita Jornada do Executivo de Impacto.
O conteúdo gratuito e totalmente online, disponível para todos, está liberado entre os dias 10 e 17 de janeiro, e tem o objetivo de revelar quais são as habilidades necessárias para se tornar um profissional requisitado e, consequentemente, alcançar cargos e salários mais altos.
Na série de 4 episódios, a especialista Renata Faber – que também é head da área que mais cresceu da EXAME – vai explicar o passo a passo para se destacar no mercado ESG e ter um trabalho com propósito.
O conteúdo passa pela definição do ESG e como o tema impacta o mercado, os negócios e a carreira; aborda ainda quem é o profissional de ESG, e o que fazer para se tornar um executivo de impacto. Confira abaixo a relação completa do conteúdo das aulas:
Aula 1 - 10/01 (já está disponível, assista AQUI)
A revolução que está mudando o mercado
Nesta aula, a especialista Renata Faber esclarece o que é ESG e como isso pode mudar sua carreira.
Aula 2 - 12/01
Quem é o profissional do futuro?
A segunda aula é focada nas 3 competências essenciais que o profissional precisa ter para entrar e se destacar no mercado ESG.
Aula 3 - 14/01
O mapa para se tornar o executivo de impacto
Na terceira aula, Faber enumera e ensina o passo a passo completo para embarcar nessa jornada e se tornar um profissional ESG requisitado pelas empresas.
Aula 4 - 17/01
Sua virada profissional rumo ao futuro
Por fim, a especialista com experiência de anos no setor, mostra, na última aula, a hora de dar a guinada certa na sua carreira e como fazer isso.
Para participar da Jornada do Executivo de Impacto e se especializar em uma das áreas mais promissoras para 2022, basta se inscrever clicando no link abaixo.
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