ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Summit ESG: como incorporar a diversidade e a inclusão nos negócios

O trabalho da agenda de direitos humano deve fazer parte da agenda de negócios, com o olhar apurado para as necessidades dos colaboradores e possíveis ajustes ao longo da jornada

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 11 de junho de 2024 às 16h01.

Última atualização em 13 de junho de 2024 às 13h32.

yt thumbnail

Como trazer o olhar da diversidade e inclusão para o atual período pelo qual o planeta passa? A agenda é urgente e diversa, mas o momento é propício para uma tomada de decisão por parte das corporações. Esta é a conclusão de Ana Bavon, CEO e Head de Estratégia da B4People, debatedora do painel "Inclusão como ferramenta de empoderamento econômico", que integra a programação do Summit ESG 2024, promovido pela Examea maior publicação de negócios do Brasil. Os encontros fazem parte da programação do “Mês do ESG 2024”.

Sob a condução de Marina Filippe, repórter sênior da Exame, Ana Bavon, CEO e Head de Estratégia da B4People, fala sobre o avanço da Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) no mundo corporativo e seu impacto econômico.

A especialista analisa que ainda predomina a visão de que a DEI é uma causa, sem levar em consideração o impacto social, sua conexão com os direitos humanos e, em uma instância, os reflexos ambientais e econômicos. "Tudo isso se converge".

A representante da B4People usa como exemplo o que aconteceu durante as enchentes no Rio Grande do Sul. "Temos desastres climáticos e uma agenda ambiental que tem muitas urgências. Mas, conectado a isso, temos uma agenda social, porque estamos falando de imigrantes climáticos, de racismo ambiental, de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade em razão da sua capacidade socioeconômica e da sua etnia, por exemplo", pontua. Isso tudo, completa, "desagua no que temos de governança, por isso é um trabalho de governança corporativa, de decisão ética que a liderança toma para entender a organização", detalha Ana.

A responsabilidade social corporativa, ainda segundo a CEO e Head de Estratégia da B4People, também tem aspectos legais, já que está na Constituição brasileira. Além disso, outra âncora para que as ações saiam do papel é o próprio posicionamento do mercado financeiro.

E o ESG?

Há quem aposte na perda de força do ESG. Ana, no entanto, aponta que a opinião revela um olhar superficial de parte da sociedade. Hoje, explica, as corporações já adotam políticas de acordo com esse conceito segundo as necessidades internas. Uns optam pelo letramento dos colaboradores, por exemplo. Outros miram na estratégia ou ainda no entorno dos seus negócios. "O que percebo é que a agenda tem se tornado mais complexa e exigido mais players envolvidos no ambiente corporativo, atrelada a uma cultura organizacional, que precisa ser revisitada."

Há, é claro, aquelas empresas que estão cumprindo a agenda de forma destacada, trabalhando a partir de três eixos: pessoas, negócios e riscos. Aquelas companhias mais exitosas normalmente olham para seus colaboradores de forma integral, não apenas para o acesso, mas o caminho do desenvolvimento.

Inclusão no Summit ESG: Marina Filippe, repórter sênior da Exame, Ana Bavon, CEO e Head de Estratégia da B4People (Reprodução/Exame)

Para isso, os ambientes corporativos promovem capacitações, olhando de forma holística para a saúde mental, olhando de forma individual, não homogênea. Há ainda as que olham também para o entorno, para as comunidades, atuando no seu desenvolvimento socioeconômico.

Já na agenda de negócios, aquelas empresas que entendem o quanto podem influenciar seus stakeholders normalmente dão transparência às suas ações, estimulando a cadeia de valor a fazer o mesmo.

A pauta sobre os risco as empresas, completa Ana, vem para buscar o trabalho em torno dos direitos humanos quando algo aconteceu e impactou na imagem, com situações que tiveram de ser resolvidas até mesmo no âmbito judicial. Nesses casos, o primeiro passo é entender a organização busca e como avançar sem ter de passar por crises.

Summit

Summit ESG da Exame é considerado o maior evento ESG da imprensa nacional e promove debates que refletem a cobertura constante da Exame sobre os principais temas sociais e ambientais de interesse global.

Neste ano, serão realizados 21 painéis, organizados em oito blocos temáticos. Os temas abordados serão: Cadeias de Produção Sustentáveis, Inclusão e Empoderamento Econômico, Transição para uma Economia de Baixo Carbono, Financiando a Transição, Bioeconomia e Agro Sustentável, Soluções para a Transição Energética, Economia Circular e Adaptação e Transição Justa.

A cada semana, dois blocos serão veiculados, sempre às terças e quintas. Cadastre-se aqui para conhecer os detalhes da programação.

Ainda em junho, a Exame publica o Melhores do ESG, principal guia de sustentabilidade do Brasil, realizado há mais de duas décadas. A premiação das empresas que mais contribuíram para o desenvolvimento sustentável do país está marcada para o dia 17 de junho, celebrando organizações que se destacam não apenas pelo lucro, mas também pelo compromisso com o desenvolvimento social e a preservação ambiental.

Acompanhe tudo sobre:ESGeventos-exameMelhores do ESG

Mais de ESG

Setores da saúde e moda ganham diretrizes para unir justiça climática na estratégia empresarial

Capital da Índia fecha todas as escolas primárias devido à poluição; entenda

Como a integração de setores energéticos pode transformar a resiliência e a sustentabilidade?

Cientistas brasileiros concorrem a prêmio de US$ 5 milhões sobre tecnologia e biodiversidade