Um amplo grupo de empresas e instituições, como Starbucks, se uniu para combater a enorme desigualdade de renda entre brancos e negros nos Estados Unidos (Getty Images/Divulgação)
Leo Branco
Publicado em 6 de abril de 2021 às 13h24.
Última atualização em 13 de abril de 2021 às 15h17.
Um amplo grupo de empresas e instituições, como Goldman Sachs, Starbucks, Wharton School da Universidade da Pensilvânia e ACLU, se uniu para combater a enorme desigualdade de renda entre brancos e negros nos Estados Unidos.
A iniciativa, chamada de NinetyToZero, terá como foco áreas como treinamento de trabalhadores negros, investimento para empresas com proprietários negros e definição de metas de contratação interna. O projeto também pretende trabalhar com bancos e instituições financeiras controladas por negros e estabelecerá diretrizes para o avanço de profissionais desse grupo.
A Wharton School atuará como a principal parceira de pesquisa do grupo sobre as melhores práticas para eliminar a disparidade de renda por raça. Outros parceiros incluem o Children’s Defense Fund, a Escola de Saúde Pública T.H. Chan de Harvard, a fundação Robin Hood e a McKinsey & Co. Eliminar a desigualdade racial de riqueza poderia adicionar cerca de US$ 1,5 trilhão ao PIB dos EUA na próxima década, disse o grupo.
“Temos que nos sentir à vontade para falar sobre questões desafiadoras, como a disparidade racial de riqueza”, disse Erika James, reitora da Wharton School. “A pesquisa baseada em dados desempenha um papel crucial em retirar a emoção de conversas difíceis e desenvolver soluções para criar um mundo mais justo.”
O conselho consultivo do grupo inclui acadêmicos, executivos e líderes de ONGs, como Derrick Johnson, diretor-presidente da NAACP, uma das maiores organizações para o avanço dos negros nos EUA, e Mehrsa Baradaran, professora de direito da Universidade da Califórnia em Irvine e autora de “The Color of Money: Black Banks and the Racial Wealth Gap”.
Enfrentar a desigualdade racial ganhou urgência desde a morte de George Floyd no ano passado por policiais, o que gerou protestos em todo o país. A agitação chamou a atenção para a persistente falta de diversidade nas empresas, especialmente no comando.