ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Shein lança fundo para enfrentar críticas sobre sustentabilidade

Com €200 milhões (R$ 1,1 bilhão), empresa de moda rápida busca inovação e redução de resíduos na cadeia de suprimentos

Shein tem investido contra o desperdiço de roupas. (Pavlo Gonchar/SOPA/Getty Images)

Shein tem investido contra o desperdiço de roupas. (Pavlo Gonchar/SOPA/Getty Images)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 10 de julho de 2024 às 07h24.

Última atualização em 10 de julho de 2024 às 08h11.

A Shein, maior empresa de moda rápida online, anunciou a criação de um fundo de €200 milhões (R$ 1,1 bilhão) para combater os resíduos na moda, em um movimento que antecede sua esperada oferta pública inicial (IPO) em Londres. A empresa, que enfrenta críticas sobre sustentabilidade, busca melhorar suas práticas ambientais. As informações são do Financial Times.

Donald Tang, presidente executivo da Shein, revelou que o fundo será usado para investir em startups e empresas estabelecidas no Reino Unido e na Europa. O objetivo é aplicar tecnologias e processos sustentáveis na produção de moda.

Apesar do investimento representar uma pequena parte dos US$ 2 bilhões (R$ 11 bilhões) de lucro da Shein em 2023, ele destaca a intenção da empresa de melhorar sua imagem e práticas ambientais. A Shein foi avaliada em US$ 66 bilhões (R$ 358 bilhões) na última rodada de financiamento.

Com sede em Cingapura, mas com a maior parte de suas operações e cadeia de suprimentos na China, a Shein também considera uma listagem em Hong Kong como plano alternativo. Tang não comentou sobre o processo de listagem, que precisa de aprovação do regulador de valores mobiliários chinês, independentemente do local escolhido.

Questionado se o fundo é uma resposta às críticas sobre sua vasta cadeia de suprimentos, Tang disse que é uma continuação dos esforços contínuos da empresa. Empresas de moda rápida como a Shein têm sido alvo de campanhas que argumentam que seu crescimento levou a um volume sem precedentes de moda barata e de baixa qualidade, que acaba em aterros sanitários. Segundo a Fundação Ellen MacArthur, mais da metade de toda a moda rápida é descartada em menos de um ano.

Abertura de IPO

Tang destacou que o desperdício de moda não pode ser resolvido de forma isolada e não se trata apenas de dinheiro, mas sim de esforços colaborativos. Ele convocou outros varejistas, fundos soberanos, investidores, formuladores de políticas, organizações sem fins lucrativos e acadêmicos a se juntarem à iniciativa de circularidade

No mês passado, a Shein apresentou documentos confidenciais ao regulador de mercados do Reino Unido, aproximando-se de uma possível listagem de destaque nos mercados de capitais de Londres. A empresa se reuniu com o novo secretário de negócios, Jonathan Reynolds, antes das eleições gerais da semana passada, nas quais o Partido Trabalhista obteve uma vitória esmagadora. O Partido Trabalhista afirmou anteriormente que Londres deveria receber a listagem da Shein, pois imporia padrões regulatórios mais rigorosos do que em outros lugares.

Além disso, a Shein anunciou um investimento adicional de €50 milhões (R$ 293 milhões) em marcas, designers e artesãos do Reino Unido e da UE que trabalham com a empresa, além de possíveis investimentos em pesquisa e desenvolvimento ou uma fábrica piloto na Europa ou no Reino Unido. Em 2022, a Shein lançou uma plataforma de revenda de roupas nos EUA, agora disponível também no Reino Unido e na Europa, com mais de 115.000 itens de segunda mão listados para venda.

Acompanhe tudo sobre:LondresReino UnidoSheinIPOsEuropa

Mais de ESG

Setores da saúde e moda ganham diretrizes para unir justiça climática na estratégia empresarial

Capital da Índia fecha todas as escolas primárias devido à poluição; entenda

Como a integração de setores energéticos pode transformar a resiliência e a sustentabilidade?

Cientistas brasileiros concorrem a prêmio de US$ 5 milhões sobre tecnologia e biodiversidade