Salário digno é movimento da Rede Brasil do Pacto Global para engajar empresas (Denis Novikov/Getty Images)
Marina Filippe
Publicado em 1 de maio de 2022 às 08h00.
Garantir salário digno para todos os funcionários próprios, terceiros e da cadeia é um dos sete movimentos lançados pela Rede Brasil do Pacto Global, braço das Nações Unidas que reúne o setor corporativo, a partir da Ambição 2030, divulgada na última semana.
Para isto, o compromisso é baseado em quatro pilares estratégicos: engajar a alta liderança; oferecer a construção de capacidades, por meio de lives, workshops, treinamentos e conteúdos sobre o tema; engajamento de stakeholders; e o monitoramento e o compartilhamento de boas práticas.
"A jornada do Movimento Salário Digno já começa agora em maio. Teremos no final de maio o primeiro workshop, que vai ser ministrado pelos nossos especialistas e vai ser aberto a todas as empresas que queiram conhecer um pouco mais sobre a temática. O salário digno é um direito fundamental, um direito humano", diz Camila Valverde, diretora de impacto do Pacto Global da ONU Brasil.
Para que seja definido um salário digno, estudos personalizados serão desenvolvidos para cada empresa considerando as diferentes realidades. "E isso passa obrigatoriamente por essa discussão sobre renda, sobre padrão e qualidade de vida. As empresas precisam liderar esse debate, olhando para a sua responsabilidade", diz Valverde.
Entre as empresas que participam do movimento está a Natura &Co, que tem não apenas compromisso com o salário digno, como o da equidade salarial entre homens e mulheres ao eliminar qualquer diferença de remuneração gênero até 2023.
A ação do movimento Salário Digno é diretamente relacionada com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 8, de trabalho decente e crescimento econômico. Para dar mais visibilidade ao tema, a Rede Brasil do Pacto Global lança uma música feita especialmente para o tema com MC Sofia, Os Gilson e Margareth Menezes, que será disponibilizada em plataformas digitais a partir de 6 de maio.