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As camisetas contam também com um tipo de estampa aplicada em tecidos que utiliza tintas solúveis em água, o que reduz o consumo de energia e a emissão de carbono (Riachuello/Divulgação)
Repórter de ESG
Publicado em 28 de fevereiro de 2025 às 13h00.
A Riachuelo apresentou sua primeira malha de algodão 100% agroecológico no Carnaval de Salvador. A marca, patrocinadora do camarote Expresso 2222, forneceu as camisetas produzidas inteiramente no Nordeste, da colheita do algodão ao acabamento final.
[grifar]Segundo a varejista da moda, o material é cultivado sem agrotóxicos e beneficia mais de 143 agricultores em 15 municípios do semiárido nordestino.
“Começamos a plantar nosso algodão agroecológico há três anos e já colhemos 132 toneladas de ramas, beneficiando 52 toneladas de pluma no projeto Agro Sertão”, disse Renata Fonseca, gerente do Instituto Riachuelo. A iniciativa conta com apoio da Embrapa e do Sebrae do Rio Grande do Norte.
O projeto busca retomar a cotonicultura na região, que foi devastada na década de 1980 pela praga do bicudo-do-algodoeiro. O cultivo utiliza apenas biofertilizantes e defensivos naturais, promovendo a saúde do solo e reduzindo impactos ambientais.
Além disso, as camisetas do camarote contam também com um tipo de estampa aplicada em tecidos que utiliza tintas solúveis em água, o que reduz o consumo de energia e a emissão de carbono na produção.
Os foliões puderam escolher entre modelos com e sem manga, reduzindo resíduos têxteis, considerando que muitos costumam cortar as mangas de suas peças.
“A moda é a segunda indústria mais poluente do mundo, e o algodão agroecológico emite até 46% menos gases de efeito estufa que o convencional”, explicou Taciana Abreu, diretora de sustentabilidade da Riachuelo.
Ao mesmo tempo, este tipo de algodão ainda representa menos de 1% do mercado global e pode inspirar outras indústrias do setor.
A Riachuelo tem hoje a maior fábrica têxtil da América Latina e é o principal empregador do Rio Grande do Norte. A companhia gera renda para 8 mil pessoas diretamente em sua unidade fabril e mais de 30 mil em todo o país.
O Instituto Riachuelo, criado em 2021, já investiu R$ 3 milhões em capacitações, impactando 50 mil pessoas. Segundo a marca, o projeto fortalece a cadeia da moda no Nordeste, valorizando o trabalho artesanal e promovendo o desenvolvimento econômico da região.