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Quem é Ana Toni, CEO da COP30 que atuará com André do Lago?

Secretária de Mudança do Clima no Ministério do Meio Ambiente foi anunciada nesta terça-feira como CEO e diretora-executiva da Conferência do Clima da ONU deste ano, sediada no Brasil

Toni foi um dos nomes na liderança da delegação brasileira na COP29, no Azerbaijão, ajudando a orientar e consolidar as discussões (Leandro Fonseca/Exame)

Toni foi um dos nomes na liderança da delegação brasileira na COP29, no Azerbaijão, ajudando a orientar e consolidar as discussões (Leandro Fonseca/Exame)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 22 de janeiro de 2025 às 10h13.

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Além do anúncio de André Corrêa do Lago como presidente da COP30, o Governo brasileiro também divulgou na terça-feira, 21, a escolha de Ana Toni como CEO e diretora-executiva da Conferência do Clima da ONU.

Atualmente, Toni ocupa o cargo de secretária de Mudança do Clima no Ministério do Meio Ambiente, sendo um dos principais nomes que disputavam a escolha da presidência de COP. Economista e doutora em Ciência Política, possui ampla experiência em desenvolvimento sustentável, filantropia e advocacy.

Entre 2015 e 2023, foi diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade. Também atuou como presidente do conselho do Greenpeace Internacional e diretora da Fundação Ford e da organização social ActionAid Brasil.

Após dois anos de sua nomeação para a secretaria pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acumula feitos importantes na articulação entre governo, empresas e sociedade, como a liderança no Plano Clima e o Plano Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas.

De Baku a Belém

Toni foi um dos nomes na liderança da delegação brasileira na COP29, no Azerbaijão, ajudando a orientar e consolidar as discussões enquanto parte da equipe conciliava as agendas do G20.

Em novembro, em entrevista exclusiva à EXAME, a secretária contou sobre os avanços no cenário ambiental e climático para o Brasil. “O que estamos tentando falar é que clima não é um nicho. O que queremos fazer é que vire a norma, e a exceção seja poder poluir”, disse.

Após o lançamento da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil, a secretária afirmou que a meta climática era moderna e inovadora, mas que o cenário econômico brasileiro pede que se mantenha o “pé no chão”.

"“Estamos em um momento geopolítico incerto. O Brasil não é um país que tem todo o espaço fiscal que precisaria ter para implementar tudo e na velocidade que se quer”, afirmou."Ana Toni, CEO e diretora-executiva da COP30

Otimista, Toni afirmou que vê possibilidades para a descarbonização da agricultura no Brasil, já que o país tem sua maior fonte de emissões originadas do desmatamento e uso da terra. “É preciso uma grande transformação. Para isto, contudo, precisamos de uma regulação melhor, incentivos mais claros, aumento de investimentos e inovação.”

COP30: organizações reagem à escolha de André do Lago como presidente

Na entrevista, a secretária ainda defendeu que o rumo para uma economia de baixo carbono está sendo tomado. “Precisamos estar todos neste processo, com cada um fazendo sua parte. Precisamos estar unidos, porque mudanças climáticas não são uma responsabilidade apenas de governo ou empresas, mas de todos”, disse.

Com a aproximação da Conferência do Clima de Belém, Toni reconhece que apesar da imensa responsabilidade como anfitrião da COP, o Brasil poderá mostrar ao mundo todos os seus compromissos climáticos na prática.

“Queremos e podemos mostrar que estamos prontos para liderar e ser exemplo de descarbonização para o mundo. Estamos trabalhando para que a COP30 seja um ponto de virada e um momento decisivo para o mundo. E o Brasil será protagonista”, contou.

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