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Programa da UNICEF une prefeituras no combate a violência contra jovens e evasão escolar

A Agenda Cidade UNICEF, implementada em 2022, encerra primeira fase com avanços na proteção de crianças e adolescentes em comunidades impactadas pela violência armada

Nos territórios trabalhados, 2.227 crianças e adolescentes foram mortos de forma violenta entre 2021 e 2023 (Igor Alecsander/Getty Images)

Nos territórios trabalhados, 2.227 crianças e adolescentes foram mortos de forma violenta entre 2021 e 2023 (Igor Alecsander/Getty Images)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 11 de dezembro de 2024 às 17h22.

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Fortalecer estratégias de educação, inclusão produtiva e saúde integral pela proteção de crianças e adolescentes: esse é o objetivo da Agenda Cidade UNICEF, criada pelo fundo das Nações Unidas para a Infância. A iniciativa é realizada em parceria com prefeituras e organizações locais, buscando combater e prevenir as violências contra jovens.

Nesta primeira etapa, que iniciou em 2022 e finaliza em 2024, a iniciativa foi realizada em comunidades vulneráveis nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Recife, São Luís, Manaus e Belém, locais especialmente impactados pela violência armada. Ao todo, 221 mil meninas e meninas de até 19 anos residem nestes locais.

A ação buscava resolver a invisibilização histórica vivida nesses históricos. Entre 2021 e 2023, nessas mesmas capitais, 2.227 crianças e adolescentes foram mortos de forma violenta e 14.209 foram vítimas de violência sexual, segundo levantamento da UNICEF e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Para tratar dessas problemáticas, a UNICEF ajudou na capacitação de 970 conselheiros tutelares para que implementem a Lei da Escuta Protegida – que garante o atendimento adequado e integrado a crianças e adolescentes que foram vítimas ou testemunhas de casos de violência. Além disso, o programa elaborou diagnósticos sobre os fluxos de atendimentos atuais em cada local, buscando a melhoria dos protocolos de atendimento às vítimas.

Outro foco foi o enfrentamento da exclusão e evasão escolar. Cinco das oito cidades participantes do programa aderiram à Busca Ativa Escolar, estratégia que identifica crianças e adolescentes fora das escolas e cria planos para reestruturar sua conexão com os centros de ensino. Participaram da ação assistentes sociais, conselheiros tutelares e agentes de saúde.

Além disso, programas locais já implementados pelas prefeituras foram aprimorados, engajando mais secretarias na solução.

Emprego e inclusão econômica

A inclusão produtiva de adolescentes também é um dos pontos desenvolvido pela estratégia. Para a UNICEF, garantir que jovens participem de oportunidades de formação, aprendizagem e acesso ao mercado de trabalho decente é um dos mecanismos para reduzir a violência entre menores de idade.

A “1 Milhão de Oportunidades”, plataforma da UNICEF que oferece vagas e oportunidades de emprego e educação para adolescentes e jovens, recebeu o cadastro de 11 mil jovens entre 2021 e 2024, número que ajudou a garantir que 76% das oportunidades lá disponibilizadas fossem preenchidas pelos cadastrados.

Para Wagner de Assis Batista, professor da rede municipal de ensino do município em Ibura, no Recife, o enfrentamento às desigualdades e inadequações sociais são pontos fortes da Agenda Cidade UNICEF. “A iniciativa traz uma nova perspectiva de futuro para o território e a cidade, onde os problemas não são escondidos, mas discutidos e enfrentados”, explica.

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