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Roberto Santos, CEO (Fernando Martinho/ Porto Seguro/Divulgação)
Jornalista
Publicado em 11 de junho de 2023 às 18h00.
Última atualização em 14 de junho de 2023 às 11h19.
Com diferentes pontos de contato — colaboradores, corretores, clientes e prestadores de serviço —, a Porto tem buscado oportunidades para ter um negócio mais sustentável do ponto de vista socioambiental e ainda torná-lo atraente financeiramente.
É o caso da Renova Ecopeças, que consegue juntar o propósito ambiental ao financeiro. A empresa do grupo trabalha com a reciclagem de peças de carros segurados pela Porto que tiveram perda total.
Se o veículo acidentado se torna irrecuperável, é desmontado, e suas peças são higienizadas e comercializadas — cada uma com um registro que permite o rastreio. Até os fluidos de óleos e combustíveis são retirados e comercializados. Segundo Roberto Santos, CEO, 30% dos veículos indenizados pela área de seguros são classificados como não recuperáveis, ou seja, são sucatas.
Parece um negócio de oportunidade, mas tem um apelo ambiental importante. Afinal, 85% de um carro pode ser reutilizado. Mas o que acontece na maioria das vezes é ter como destino as empresas especializadas em sucata. Com o modelo de negócios da Renova Ecopeças, as peças são reinseridas no mercado automotivo, ganhando uma sobrevida e evitando o consumo de itens novos.
No ano passado, 2.400 veículos passaram pelo processo de desmontagem, e agora o plano de Santos é ampliar o alcance do empreendimento, hoje disponível em São Paulo, para outras partes do Brasil.
Na sede da empresa, na região central de São Paulo, os funcionários são lembrados do papel da pauta ambiental diariamente. Sim, todos os dias, na hora do almoço, das 12 às 14 horas, as luzes do prédio, que conta com placas solares, são apagadas enquanto os colaboradores estão fora. É a chamada Hora da Terra. “Muito mais do que a economia de energia, o que queremos é valorizar a mensagem sobre a importância de reduzirmos o consumo de energia”, frisa o diretor-presidente.
No final do ano passado, Santos assinou o Pacto Global da ONU, um compromisso mundial de contribuição para o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030. O diretor-presidente percebeu uma reação positiva dos funcionários.
“Esse tipo de iniciativa traz um impacto grande para o negócio, agrega muita responsabilidade. Percebi um maior engajamento dentro da companhia. Da nossa parte, de prático, formamos um comitê de sustentabilidade ligado ao conselho de administração. Agora estamos criando indicadores de ESG para saber quais ações atendem aos ODS. Temos muito a evoluir, mas ter a ONU tão perto da gente, quase como uma mentora, ajuda muito”, garante o executivo.