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Podcast: Ana Fontes e o impacto do empreendedorismo feminino no Brasil

Fundadora da Rede Mulher Empreendedora, Ana Fontes compartilha sua trajetória pessoal e destaca a importância de iniciativas que empoderam mulheres em um cenário de desigualdade

Ana Fontes: Rede Mulher Empreendedora impactou mais de 10 milhões de mulheres desde 2010 (Leandro Fonseca/Exame)

Ana Fontes: Rede Mulher Empreendedora impactou mais de 10 milhões de mulheres desde 2010 (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 5 de setembro de 2024 às 10h45.

Última atualização em 18 de setembro de 2024 às 18h01.

No podcast ESG de AZ, Ana Fontes, fundadora e presidente da Rede Mulher Empreendedora (RME), compartilhou sua história e falou sobre a importância do empreendedorismo feminino no Brasil. Nascida no sertão de Alagoas, em uma família humilde de dez filhos, Ana construiu sua carreira com base na educação, uma prioridade que sua mãe sempre reforçou. Ana acredita que a educação foi essencial para transformar sua vida, mas também entende que só a educação não é suficiente para combater as desigualdades sociais.

Ana relembra as dificuldades enfrentadas no ambiente corporativo, especialmente no setor automotivo, majoritariamente masculino. Segundo ela, a presença feminina ainda é escassa nesse setor, refletindo a resistência da indústria à diversidade. Após anos enfrentando preconceitos, Ana decidiu pedir demissão em 2007 e começou sua jornada empreendedora, enfrentando vários desafios até fundar a Rede Mulher Empreendedora, que hoje impacta milhões de mulheres e suas famílias.

A Rede Mulher Empreendedora foi criada inicialmente como um blog, onde Ana compartilhava suas experiências como empreendedora. Rapidamente, a iniciativa se transformou em uma plataforma robusta, reunindo centenas de milhares de mulheres. A rede já impactou 10 milhões de pessoas desde 2010, ajudando mulheres a formalizar seus negócios e a aumentar seus faturamentos.

O papel das empresas no impacto social

Ana destacou ainda a importância de políticas públicas para combater a desigualdade, especialmente entre mulheres e pessoas negras. Para ela, além da educação, é crucial "colocar dinheiro na mesa" para garantir dignidade e oportunidades reais de transformação. Entre as ações da RME, Ana menciona a distribuição de microdoações de até R$ 10 mil para mulheres empreendedoras, um projeto que ajudou a melhorar a confiança, o faturamento e a formalização dos negócios dessas mulheres.

Ana enfatiza a importância de as empresas se conectarem com os negócios de impacto social. Nos últimos anos, empresas começaram a apoiar iniciativas como a RME, financiando projetos que beneficiam diretamente a economia e as comunidades locais. Além disso, o apoio internacional também tem sido significativo, com recursos provenientes de fundações estrangeiras que acreditam no impacto social gerado por essas ações.

Por fim, Ana ressalta que a inclusão de políticas públicas, empresariais e sociais é essencial para reduzir a desigualdade de gênero e raça no Brasil, um desafio que, segundo ela, exige compromisso coletivo.

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