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Emissões: diretor da petroleira diz que Petrobras avalia "dezenas" de projetos de geração eólica onshore para investir com outras empresas do setor (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 21 de março de 2024 às 14h21.
Última atualização em 21 de março de 2024 às 14h37.
O gerente-executivo de Gestão Integrada de Transição Energética da Petrobras, Cristiano Levone, disse nesta quinta-feira, 21 que a Petrobras planeja adicionar 5 gigawatts (GW) de capacidade de geração de energia renovável em seu portfólio até 2028. Hoje, disse Levone, a empresa pode gerar até 5 GW advindos de termelétricas. A ideia, portanto, é usar fontes limpas para dobrar essa capacidade.
A maior parte dessa nova energia a ser gerada pela petroleira, disse Levone, virá de novas usinas eólicas onshore e fotovoltaicas a serem compradas e desenvolvidas pela estatal nos próximos anos. "Há interesse em projetos greenfield ou brownfield, mas com potencial de crescimento", disse Levone.
Segundo o executivo, a Petrobras avalia "dezenas" de projetos de geração eólica onshore para investir em conjunto com outras empresas naturais do setor. "Não está nos planos ir para fora do Brasil [em renováveis] no momento. O foco é no Brasil e em parcerias, porque é um mercado com regulação e isso [parcerias] eliminaria barreiras de entrada", continuou. As declarações vêm na linha do que já disse o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Maurício Tolmasquim.
Levone falou durante o seminário "Transição Energética e Investimento da Infraestrutura", organizado pela Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE).
A busca da Petrobras por ativos de geração renovável, portanto, tende a privilegiar estruturas já prontas, com entrega imediata de energia, mas que integrem uma carteira de projetos ainda em construção ou a serem colocados de pé.
O executivo não revelou quais negócios a Petrobras avalia no momento. Mas há uma série de memorandos de entendimento para parcerias futuras, caso do assinado no ano passado com a francesa TotalEnergies, atual sócia da Casa dos Ventos em uma joint venture de geração eólica.
No futuro, a ideia é que outras fontes, em especial eólica offshore e hidrogênio verde, entrem para reforçar a capacidade de geração da Petrobras. Sobre eólica offshore, Levone disse não existir "barreiras de entrada" para a Petrobras, que já atua em alto-mar, mas lembrou que a ausência de regulação no país é um limitador de momento.
Segundo ele, a ideia é "entrar daqui a dez, 15 anos, ou até menos" nesse negócio, mas estar preparado para isso o quanto antes.
Para tanto, a Petrobras prepara projetos pilotos que ainda não têm prazo de execução, mas devem ser instalados no Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.