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Três microempreendedores de Pernambuco, São Paulo e Bahia foram escolhidos como os destaques nacionais nas categorias: vendas por encomenda, por ponto fixo e ambulante (Assaí/Divulgação)
Repórter de ESG
Publicado em 17 de outubro de 2024 às 17h53.
Unir sabores, culturas e diferentes ingredientes foi a forma encontrada por Vanessa da Cruz Borges, vendedora ambulante de Salvador, para empreender. A criadora da marca Cacau Crioula ficou conhecida pelos seus doces artesanais. O carro-chefe é um sabor inovador e inusitado: brownie de gengibre com dendê.
“Quem vende na rua geralmente é desvalorizado, mas a forma como eu vendo o meu produto e a minha marca me trouxeram até aqui hoje”, explica.
Vanessa é uma das ganhadoras do Prêmio Academia Assaí, iniciativa criada pelo varejista Assaí Atacadista para incentivar micro e pequenos empreendedores do setor de alimentos. Além de incentivar os principais clientes do negócio -- já que comerciantes representam 45% das vendas do Assaí --, a ação é parte da estratégia pela diversidade nos negócios e empoderamento econômico.
Três microempreendedores de Pernambuco, São Paulo e Bahia foram escolhidos como os destaques nacionais nas categorias: vendas por encomenda, por ponto fixo e ambulante. Cada um recebeu uma recompensa de R$ 15 mil, quantia voltada para a melhoria e desenvolvimento do negócio.
Um evento para coroar os vencedores foi realizado na sede do Assaí Atacadista, em São Paulo. Além dos ganhadores das categorias principais, outros três negócios foram premiados nas áreas de sustentabilidade, inovação e tecnologia, cada um recebendo uma recompensa de R$ 5 mil. Os selecionados são dos Estados da Bahia, Ceará e Amazonas.
De abril a outubro deste ano, o Prêmio Academia Assaí distribuiu mais de R$ 1,3 milhão: além dos prêmios para ganhadores nacionais, o braço de impacto social da varejista também ofereceu aos ganhadores regionais itens como vale-compras, smartphones, assessoria para negócios e uma imersão de negócios presencial na sede da companhia para fornecer capacitação profissional.
Entre os aprendizados fornecidos estão aulas de gestão financeira, marketing, vendas e aprimoramento do comportamento empreendedor. Todos os inscritos -- inclusive aqueles que não se classificaram para as próximas etapas -- também passaram por capacitações buscando o desenvolvimento do negócio.
Durante as inscrições, mais de 11 mil micro e pequenos empreendedores se inscreveram. A diversidade foi um fator percebido entre os finalistas: 83% dos negócios são comandados por pessoas negras e 66% pertencem a mulheres pretas.
Em vendas por encomenda, a empreendedora destacada foi Angela Patrícia da Silva, da cidade de Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. A fundadora da confeitaria, famosa pelas torres de suspiros recheados, deve utilizar o valor do prêmio para expandir o negócio, enviando para outros locais e ministrando cursos sobre suas técnicas de trabalho. “Com os prêmios das etapas anteriores, já pude investir em equipamentos que vão melhorar ainda mais a minha confeitaria”, conta.
Fabiana de Aquino Magalhães Ramalho, de São Paulo, foi premiada pelo trabalho feito na "Bolos Artesanais Fabi", conhecida como a melhor confeitaria da Zona Norte da cidade. Com 8 anos no mercado, ela agora planeja dobrar a produção com a compra de uma máquina de brigadeiros, graças ao investimento recebido. “Aprender sobre a persona do negócio fez muita diferença”, disse a vencedora da categoria de ponto fixo.
Nas categorias extras, a vencedora pelo trabalho na sustentabilidade, Jamile Gonçalves dos Santos, se destacou por seu projeto em Jaguaripe, Bahia: a empreendedora atua junto a produtores locais na pesca sustentável do marisco, principal prato do seu comércio.
Luís Daniel da Silva, de Fortaleza, impressionou com sua marca Eiita Dindin Gourmet, que inova ao oferecer dindins (também chamados de geladinho ou sacolé) nos sabores tradicionais, fit, sem açúcar e lactose e até mesmo numa linha exclusiva para pets. Ele foi o ganhador na categoria inovação.
Em Manaus, a vencedora pelo uso da tecnologia, foi Tailana Ordones, da Taila Fonseca Confeitaria, que conquistou mais de 64 mil seguidores no Instagram a partir do seu trabalho. O alcance ajudou a alavancar as vendas do seu brownie redondo e a conquistar o público manauara.