A fabricante de alimentos PepsiCo publicou seu primeiro documento de resultados ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) desde o lançamento da PepsiCo Positive (pep+), uma estratégia que prioriza a sustentabilidade e o capital humano para o crescimento da empresa. O documento destaca como a PepsiCo usa marcas, pessoas e escala para ações positivas e o cumprimento de metas assumidas para até 2030.
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O pep+ está incorporado em todas as partes do negócio da PepsiCo e o Resumo ESG de 2021 detalha o progresso conquistado até o momento e exemplos do mundo real em três pilares -- Agricultura Positiva, Cadeia de Valor Positiva e Escolhas Positivas. Os destaques incluem:
Agricultura Positiva
- Disseminação de práticas de agricultura regenerativa em quase 140 mil hectares. Isto é, um progresso em direção à meta de 2.8 milhões de hectares, o equivalente aproximado da pegada agrícola da PepsiCo, até 2030.
- Apoio aos meios de subsistência de mulheres agricultoras e comunidades rurais por meio de iniciativas como a parceria da USAID de US$ 20 milhões, para desenvolver empresas lideradas por mulheres e o Next Generation Agriculture Fund (Fundo de Agricultura da Próxima Geração) de US$ 2 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para demonstrar o impacto de soluções inteligentes de gênero, ao longo da cadeias de suprimentos agrícolas na República Dominicana, Equador e Guatemala. Segundo a companhia, esses programas marcam a ação em direção a uma nova meta de melhorar os meios de subsistência de mais de 250 mil pessoas na cadeia de suprimentos e comunidades agrícolas, inclusive por meio do empoderamento econômico das mulheres.
Cadeia de Valor
- Redução das emissões de gases de efeito estufa de escopo 1 e 2 (diretas) em 25%, a partir de uma linha de base de 2015, com mais de 70% das necessidades globais de eletricidade em operações diretas, agora atendidas por fontes renováveis. Em 2021, as emissões do escopo 3 (indiretas) -- que representam 93% das emissões da empresa -- aumentaram 5% em relação à linha de base de 2015. Segundo a companhia, em grande parte devido ao crescimento do negócio.
- Melhora na eficiência do uso da água em 18% em áreas de alto risco hídrico, a partir de uma linha de base de 2015, contra uma meta de 25% até 2025 e reposição de 34% da água usada nas operações para bacias hidrográficas locais em 2021. Ou seja, mais de 6,1 bilhões de litros de água. Além disso, desde 2006, a PepsiCo continua a promover o acesso à água potável em todo o mundo para mais de 68 milhões de pessoas, atingindo mais da metade da meta da empresa de 100 milhões de pessoas em 2030.
- No Brasil, por meio de uma estação de tratamento de efluentes na operação da fábrica de Itu/SP, a PepsiCo irá alcançar autonomia hídrica, com uma economia de 100% da água consumida. Ao mês, serão 27 milhões de litros de água repotabilizados por meio de um método que usa biorreatores com membranas e osmose reversa, além de captar água da natureza. A tecnologia de tratamento será expandida a outras plantas no país, como Sete Lagoas e Curitiba, com possibilidade de redução de 70% da água nessas operações, com obras sendo iniciadas ainda em 2022.
- Com todas as ações implementadas, o total de água gasta por quilo de alimento produzido pela PepsiCo no Brasil caiu para menos da metade nos últimos cinco anos: de 4,6L (em 2016) para 1,72 litro (em 2021), uma redução de 63%. Na fábrica de Itu, esse número já é de 0,94 litro por quilo de alimento produzido.
- Em equidade racial e de gênero, no Brasil, a PepsiCo alcançou 25% de lideranças negras e 47% de mulheres em cargos de liderança, sendo que o Comitê Executivo da companhia no país é composto por aproximadamente 60% de mulheres. A meta é chegar a 50% até 2025 em todo o mundo. Com esse objetivo, são promovido ações internas para o desenvolvimento das pessoas, como a mentoria para profissionais negros e negras e o oferecimento de uma plataforma de idiomas. Externamente, a PepsiCo apoia organizações que atuam pela capacitação profissional e empreendedora de mulheres e da população negra e é integrante e fundadora do MOVER, Movimento pela Equidade Racial, fomentando a abertura de empregos.
Escolhas Positivas
- Quatro anos antes do previsto, em 2021, a PepsiCo atingiu sua meta de redução de gordura saturada de 75% de seu portfólio de alimentos convenientes, com um máximo de 1,1 grama de gordura saturada por 100 calorias. Além disso, 53% do volume do portfólio de bebidas da PepsiCo agora tem menos de 100 calorias de açúcares adicionados por porção de 340g e 66% do volume de portfólio de alimentos convenientes não tem mais de 1,3 miligramas de sódio por caloria. No Brasil, a PepsiCo reduziu 952 toneladas de sal retiradas do mercado e reduziu 3.903 toneladas de açúcar adicionado em seus produtos da categoria de bebidas entre 2018 e 2020.
“Eestamos orgulhosos do progresso que fizemos em 2021 em direção às nossas novas e atualizadas metas. Reconhecemos que ainda há muito trabalho a ser feito e não podemos fazê-lo sozinhos, por isso continuaremos investindo em ações, inovação e parcerias que nos possibilitem para realizar um futuro mais sustentável", disse Jim Andrew, diretor de sustentabilidade da PepsiCo.
O Resumo ESG de 2021 foi projetado para se conectar perfeitamente aos ESG Topics A-Z da PepsiCo, uma análise detalhada da abordagem e do progresso da PepsiCo em cerca de 50 tópicos relacionados à sustentabilidade. “O Brasil é um mercado prioritário para a PepsiCo e temos o compromisso contribuir com o desenvolvimento das comunidades onde estamos presentes. Por isso, realizamos um aporte de R$16,5 milhões em projetos de 20 ONGs para viabilizar iniciativas de promoção ao acesso à água, combate à fome e formação profissional e empreendedora para mulheres e populações periféricas. Os projetos vão impactar 2 milhões de pessoas até o final de 2022. Com relação à segurança alimentar, por exemplo, nos últimos dois anos, doamos 400 toneladas de alimentos, 204 mil refeições e 10 mil cestas básicas. Por esta e muitas outras iniciativas, estamos orgulhosos desse impacto, em linha com a estratégia PepsiCo Positive”, afirmou Alexandre Carreteiro, presidente da PepsiCo Brasil Alimentos.