ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Parques solares em desertos são positivos para o clima e a biodiversidade, aponta estudo

Pesquisa da Universidade de Tecnologia de Xi’an, da China, apontou benefícios para microclima, solo e vegetação ao redor dos painéis solares

O Parque Solar de Moerdijk, fornecido pela Suntech (PRNewsfoto/Suntech)

O Parque Solar de Moerdijk, fornecido pela Suntech (PRNewsfoto/Suntech)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 18 de outubro de 2024 às 12h22.

Tudo sobreChina
Saiba mais

Em junho deste ano, a China instalou mais de 3 milhões de painéis fotovoltaicos no deserto de Kubuqi, próximo a cidade de Ordos, ao norte do país. A tendência é adotada pelo país desde 2011, como parte da sua busca por energias limpas no abastecimento das indústrias e do mais de 1,4 bilhão de moradores no país asiático.

Agora, a utilização da energia solar em desertos se mostrou não apenas positiva para a estratégia de transição energética do país, mas também para a biodiversidade da região.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Xi’an descobriu que a instalação de grandes parques solares em desertos gera efeitos positivos no microclima, solo e até mesmo na vegetação local. O estudo foi publicado nos relatórios da Scientific Reports, da revista científica Nature.

Melhoria na biodiversidade

O estudo avaliou qual foi o efeito ambiental no Parque Fotovoltaico de Gonghe, em Qinghai, região noroeste do país. A instalação, de capacidade energética de 1 GW, apresentou um impacto positivo na microrregião.

Enquanto a área do Parque recebeu dos pesquisadores uma classificação de 0,43 pontos, considerada “comum”, a região externa e a zona de transição entre os locais foram classificadas como “ruins”. Ambas receberam apenas 0,28 pontos.

Os pesquisadores explicam que esse efeito positivo na biodiversidade se deve a alteração de fatores como temperatura, umidade e a radiação solar. Já que os painéis fotovoltaicos bloqueiam a luz solar direta, há uma redução na evaporação da água do solo, mantendo a umidade no solo.

A projeção da sombra e a redução da pressão do ar, possivelmente pela barreia física dos painéis, ajudam a manter ainda mais a umidade.

Essa alteração ajudou a regular as populações vegetais e microbianas do local, garantindo maior sobrevivência às plantas e microrganismos. Como consequência, os pesquisadores notaram um aumento na diversidade de espécies vegetais e de matéria orgânica nas áreas ao redor das plantas solares.

Ao fim da pesquisa, os pesquisadores sugerem que os parques solares sejam monitorados a longo prazo para que mais efeitos ecológicos e ambientais possam ser maximizados.

Acompanhe tudo sobre:Energia solarChinaEnergia renovávelEnergia

Mais de ESG

Setores da saúde e moda ganham diretrizes para unir justiça climática na estratégia empresarial

Capital da Índia fecha todas as escolas primárias devido à poluição; entenda

Como a integração de setores energéticos pode transformar a resiliência e a sustentabilidade?

Cientistas brasileiros concorrem a prêmio de US$ 5 milhões sobre tecnologia e biodiversidade