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Papa Francisco: o ativista ambiental que liderou a Igreja Católica

A luta contra a mudança climática e a perda de biodiversidade perdeu um de seus líderes mais reconhecidos e influentes

Papa Francisco: quis ser o primeiro papa a participar de uma Cúpula do Clima da ONU (Vatican Media/AFP)

Papa Francisco: quis ser o primeiro papa a participar de uma Cúpula do Clima da ONU (Vatican Media/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 21 de abril de 2025 às 12h41.

Última atualização em 21 de abril de 2025 às 13h08.

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A luta contra a mudança climática e a perda de biodiversidade perdeu um de seus líderes mais reconhecidos e influentes: o Papa Francisco, que ao longo de seu pontificado aproveitou inúmeras ocasiões para destacar a necessidade de proteger a casa comum, a Terra.

Quando havia completado apenas um ano como principal representante da Igreja Católica, em junho de 2015, publicou a encíclica Laudato si', na qual deixou claro seu ativismo ambiental com mensagens que amplificou durante todo o seu mandato.

Nela, falava da necessidade de mudanças profundas nos estilos de vida, nos modelos de produção e consumo e nas estruturas de poder, ao mesmo tempo que alertava que a Terra estava se tornando um “enorme depósito de lixo”.

Na considerada primeira "encíclica verde", pediu para limitar ao máximo o uso de recursos não renováveis, moderar o consumo, reutilizar e reciclar, criticou a privatização da água e denunciou que os mais pobres são os que mais sofrem com as consequências da degradação ambiental e climática.

Interesses políticos e econômicos

Além disso, referiu-se ao fracasso das cúpulas mundiais sobre meio ambiente, nas quais, segundo sua visão, ficava claro que os interesses políticos e econômicos prevaleciam sobre o bem comum.

Francisco quis ser o primeiro papa a participar de uma Cúpula do Clima da ONU, mas seu estado de saúde o impediu de viajar à COP28, em Dubai. No entanto, participou por videoconferência em um evento da COP28 ao lado do grande imã Ahmed al Tayeb, xeque de Al Azhar, no qual ambos pediram união para frear a mudança climática.

“Demos o exemplo, como representantes religiosos, para mostrar que uma mudança é possível, para manifestar estilos de vida respeitosos e sustentáveis, e peçamos encarecidamente aos líderes das nações que a casa comum seja preservada”, afirmou o pontífice.

Também interveio desde o Vaticano, entre outros momentos, na emblemática COP de Paris de 2015, aos participantes da qual pediu esforço para atenuar a mudança climática. Essa cúpula resultou no chamado Acordo de Paris, principal referência da luta contra a mudança climática.

Somos natureza

Poucos meses depois de publicar a Laudato si', denunciou na Assembleia Geral da ONU a degradação do ambiente e advertiu que, como os seres humanos são parte do meio, “qualquer dano que causamos a ele é um dano à humanidade”.

Em sua exortação apostólica de outubro de 2023, Laudate Deum, deu continuidade à Laudato si'. Nela afirmou que o mundo estava desmoronando e se aproximando de um ponto de não retorno, e criticou duramente uma política incapaz de enfrentar, por interesses de poder e econômicos, a crise ambiental.

Entre os dois textos se passaram oito anos, período no qual, advertiu, “não houve reações suficientes”.

Além disso, atacou o negacionismo climático e pediu o fim das “zombarias irresponsáveis” que tratam o aquecimento global como algo apenas ambiental, “verde” ou romântico.

Entre outras de suas exortações ambientais, está o apelo ao “arrependimento dos pecados ecológicos” que “danificam o mundo natural” e à limitação do uso de combustíveis fósseis e da desflorestação.

No ano passado, por ocasião do Dia da Terra (22 de abril), em uma publicação na rede X, advertiu que o planeta estava “seguindo rumo à ruína” e que a geração atual “não soube cuidar do planeta”.

Entre suas últimas mensagens “verdes”, está a que enviou no final de janeiro aos dirigentes da Federação do Automóvel Clube da Itália, aos quais pediu urgência em enfrentar o impacto da poluição gerada pelos veículos. Apenas um mês antes, Francisco havia recebido seu primeiro papamóvel elétrico.

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