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Operadora portuguesa nega ter atribuído apagão a fenômeno climático

Em comunicado à CNN Portugal, empresa desmente categoricamente informação de "fonte anônima" que circulou em seu nome

Enquanto Portugal e Espanha tentam restaurar energia, persiste confusão sobre causas do apagão persiste nas comunicações oficiais. (Freepik)

Enquanto Portugal e Espanha tentam restaurar energia, persiste confusão sobre causas do apagão persiste nas comunicações oficiais. (Freepik)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 28 de abril de 2025 às 17h12.

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Em meio à confusão sobre as causas do apagão que atingiu Portugal e Espanha nesta segunda-feira (28), afetando milhões de pessoas na Península Ibérica, a REN (Redes Energéticas Nacionais), operadora de energia elétrica portuguesa, negou categoricamente ter afirmado que um fenômeno atmosférico raro foi responsável pelo blecaute.

A controvérsia começou quando a agência de notícias Reuters publicou, por volta das 11h10 (horário de Brasília), uma reportagem indicando que a REN havia atribuído a interrupção no fornecimento de energia a um fenômeno atmosférico raro.

Horas depois, a operadora portuguesa esclareceu à própria Reuters que nunca havia feito tal declaração, levando a agência a retirar o conteúdo do ar.

Em comunicado enviado à CNN Portugal, a REN desmentiu "categoricamente a informação de fonte anônima colocada a circular em nome da empresa", incluindo especulações sobre o tempo de normalização do sistema.

A empresa ainda alertou que todas as informações provenientes de outras fontes deveriam ser desconsideradas.

"Avaliar causa seria prematuro"

João Conceição, membro do conselho da REN, declarou a jornalistas que a operadora não descarta que o apagão tenha sido causado por "uma oscilação muito grande nas tensões elétricas, primeiro no sistema espanhol, que depois se espalhou para o sistema português", mas enfatizou que "poderia haver mil e uma causas" e que seria "prematuro avaliar a causa" neste momento.

Autoridades de ambos os países já descartaram a hipótese de um ataque cibernético, conforme declaração do primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, que afirmou não ser possível determinar a causa exata do apagão até o momento.

Sánchez, reconheceu o impacto "tremendo" na vida dos moradores, mas buscou tranquilizar a população afirmando que o governo está trabalhando para resolver o problema o mais rápido possível.

E informou que em três regiões – Andaluzia, Extremadura e Madri – o governo utilizará poderes de emergência adicionais, conforme previsto nas leis de proteção civil.

De acordo com o primeiro-ministro da Espanha, o processo de restauração de energia está em andamento em todo o país, graças às interconexões com a França e Marrocos e às fontes de energia nacionais, o que deve permitir que o fornecimento seja restaurado "em breve".

O premiê espanhol também alertou contra especulações sobre a causa da interrupção: "Não descartamos nenhuma hipótese, mas precisamos nos concentrar no que é mais importante, que é o restabelecimento da energia elétrica em nossas casas."

Conceição, da REN, afirma que a companhia espera restabelecer o fornecimento de energia na cidade do Porto nas próximas horas e em Lisboa dentro de cinco ou seis horas.

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