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Redação Exame
Publicado em 11 de janeiro de 2024 às 09h00.
Última atualização em 12 de janeiro de 2024 às 15h40.
Os últimos oito anos foram os mais quentes da história, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Além disso, seis dados internacionais reunidos pela OMM indicam as mesmas causas: concentrações crescentes de gases de efeito estufa e calor acumulado. Nesse contexto, o mercado de crédito de carbono passou a ganhar força.
Diante das preocupações e dificuldades das alterações climáticas, há um aumento significativo na implementação de iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Como resultado, o mercado de crédito de carbono está se tornando cada vez mais popular para indivíduos, organizações e empresas. Mas afinal, o que é crédito de carbono?
O crédito de carbono é um mecanismo monetário que representa a redução de uma tonelada métrica de dióxido de carbono equivalente (CO2e) ou sua remoção da atmosfera.
Os créditos e compensações de carbono são obtidos por meio de diversas iniciativas e projetos que tentam reduzir as emissões. Elas visam podem envolver a produção de energia renovável, melhorias na eficiência energética, reflorestamento e captura de metano em aterros sanitários, por exemplo.
Cada iniciativa é avaliada rigorosamente para garantir a sua legitimidade e a precisão das reduções de emissões.
A negociação de créditos de carbono é um processo estruturado que ocorre principalmente em mercados regulamentados desse segmento. Basicamente, os mercados de carbono são onde os créditos e compensações de carbono são comprados e vendidos.
Em resumo, é uma plataforma para indivíduos, empresas e governos adquirirem créditos ou compensações para suas próprias emissões. Além disso, promove investimentos em projetos sustentáveis que gerem créditos de carbono.
Agora que já foi possível entender o que é crédito de carbono e como são comercializados, é hora de analisar as vantagens do uso desses créditos.
Dentre os pontos positivos, o crédito de carbono é uma ferramenta benéfica no contexto das alterações climáticas e da procura da redução das emissões de gases de efeito estufa.
A seguir estão algumas das vantagens do crédito de carbono:
Apesar da importância do crédito de carbono para aumentar a redução das emissões de gases de efeito estufa, ainda existem algumas desvantagens associadas ao mecanismo. A seguir estão alguns delas:
O Protocolo de Kyoto é a Convenção-Quadro sobre Alterações Climáticas (UNFCCC) que foi adotada na Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1992. O objetivo era estabilizar as concentrações de gases com efeito estufa na atmosfera a um nível aceitável, a fim de combater as graves consequências das mudanças climáticas.
Desde então, os signatários têm-se reunido em intervalos regulares no que é conhecido como COP (Conferência das Partes), a fim de chegar a acordo sobre como proceder com os esforços internacionais de proteção do clima.
Em 1997, a reunião foi realizada em Quioto, no Japão. Assim, o Protocolo de Quioto foi adotado como o primeiro documento com obrigações juridicamente vinculativas para limitar e reduzir as emissões de gases com efeito estufa para os países industrializados ratificados.
O objetivo final do mercado de crédito de carbono é reduzir a quantidade de carbono emitida na atmosfera. Cada certificação de crédito de carbono dá ao proprietário o direito de emitir uma tonelada de dióxido de carbono ou outros gases de efeito estufa.
Um crédito de compensação de carbono só é certificado ao passar pelos processos ou procedimentos especificados definidos pela norma de certificação. Isto é o que diferencia um crédito de carbono real e de alta qualidade.
Para isso, os créditos de carbono são gerados por meio de projetos que seguem metodologias estabelecidas e passam por verificação por entidades parceiras credenciadas. A verificação garante que as estatísticas de emissões sejam reais e verificáveis.
Os créditos de carbono são verificados por organizações terceirizadas independentes especializadas em contabilização e verificação de gases de efeito estufa. Exemplos de padrões de verificação líderes incluem o Verified Carbon Standard (VCS), Gold Standard e American Carbon Registry (ACR).
Com inúmeras empresas comprometidas em alcançar emissões líquidas zero (também conhecidas como Net-Zero), e divulgar as suas emissões de carbono, a responsabilidade ambiental é um tema popular no mercado financeiro. Assim, diversas empresas visam investir na redução de emissões e o valor do crédito de carbono passou a ter mais relevância.
Em última análise, a comercialização do crédito de carbono é facilitada por acordos como o Protocolo de Kyoto, que não só promove a redução de emissões, mas também cria benefícios econômicos para aqueles que buscam estar comprometidos com a sustentabilidade.
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