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Dos 5 milhões de jovens que serão impactados, 1 milhão estão nas escolas públicas (BNDES/Divulgação)
Rodrigo Caetano
Publicado em 31 de março de 2022 às 19h11.
Última atualização em 4 de abril de 2022 às 11h39.
A educação é uma prioridade. A frase, repetida por políticos de variadas ideologias, quase sempre não é levada a sério. Isso se reflete em uma desigualdade educacional muito grande, que se agravou na pandemia. Entre 2019 e 2021, o número de crianças de 6 e 7 anos não alfabetizadas cresceu 66%, para 2,4 milhões, segundo números da ONG Todos Pela Educação.
“A tecnologia pode ajudar a reduzir essa desigualdade”, afirma Mariana Emerick, analista de relações com investidores da Arco Educação, empresa que desenvolve sistemas educacionais. “Com as ferramentas certas, o professor consegue oferecer um ensino mais personalizado e mirar nas principais dificuldades de ensino.”
Até 2025, a Arco pretende impactar 5 milhões de jovens com seu método de ensino. Desses, 4 milhões estarão nas escolas particulares atendidas pelo grupo, que somam mais de 8 mil, e 1 milhão em escolas públicas, que serão impactados por meio de ONGs parceiras do Arco Instituto, braço de filantropia do grupo.
Nesta quinta-feira, 31, a Arco divulgou a segunda edição de seu relatório ESG. O documento aprofunda as metas estabelecidas no ano passado, quando a primeira edição foi publicada, junto com a matriz de materialidade da companhia. Impactar 5 milhões de pessoas está entre os objetivos, que também incluem ter 80% das escolas com melhoria de ensino comprovadas e 100% dos alunos aprendendo habilidades do futuro, como habilidades socioemocionais, bilíngues e maker.
“A única forma de entregar o nosso propósito é gerir de forma sustentável os nossos riscos e aproveitar nossas oportunidades nas frentes ambiental, social e de governança”, afirma Gabriela Almeida, gerente de ESG da Arco. “Reconhecer nossa responsabilidade enquanto empresa em relação à sociedade, inevitavelmente, colabora para a manutenção de nossa marca no mercado.”
Essas metas fazem parte do primeiro e do segundo pilares da estratégia ESG da companhia, que dizem respeito à qualidade da educação e do impacto na sociedade. O terceiro e o quarto estão focados na relação com as pessoas e a sociedade. Entre esses objetivos, está o de reduzir o turnover voluntário da empresa para 9%, do patamar atual de cerca de 20%, afetado pela pandemia. O quinto pilar reúne metas de diversidade e o sexto, metas ambientais.
“Nosso objetivo é melhorar a educação. Para isso, precisamos de escala. É onde entra a tecnologia”, diz Emerick. “Somos um negócio de impacto por natureza.”