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Nvidia usa IA e gêmeos digitais para impulsionar parques eólicos offshore no Brasil

Em parceria com a Pix Force, Tidewise e o CPQD, projeto da gigante de chips foca na gestão e operação mais eficiente e sustentável de geração de energia renovável em áreas marítimas

Parques eólicos offshore são instalações com turbinas eólicas localizadas no mar, usadas para aproveitar os ventos intensos e constantes das áreas oceânicas (Getty Images)

Parques eólicos offshore são instalações com turbinas eólicas localizadas no mar, usadas para aproveitar os ventos intensos e constantes das áreas oceânicas (Getty Images)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 17 de janeiro de 2025 às 12h47.

Última atualização em 17 de janeiro de 2025 às 12h51.

A Nvidia, bigtech de chips de inteligência artificial, está liderando um projeto de tecnologia no Brasil voltado para a gestão e operação de parques eólicos offshore.

Em parceria com a Pix Force, Tidewise e o CPQD, a plataforma "Omniverse" utiliza gêmeos digitais e IA para aprimorar a eficiência, segurança e sustentabilidade na geração de energia renovável em áreas marítimas.

Na prática, funciona como um "laboratório virtual" onde toda a operação do parque em alto mar pode ser simulado em tempo real, testado e monitorado. A partir da coleta de dados no ambiente físico das turbinas, é a IA que ajuda a tomar decisões mais rápidas e seguras e as transforma em modelos virtuais --conhecidos como gêmeos digitais.

Uma das inovações é a embarcação autônoma W Tupan, equipada com sensores e drones para coleta destes dados de campo. Todas as informações são integradas à Omniverse, que as transforma em simulações detalhadas e modelos 3D, viabilizando o monitoramento e a manutenção preditiva dos parques eólicos.

Segundo a Nvidia, a tecnologia oferece maior precisão, reduz custos e otimiza o uso de recursos em ambientes em alto mar, onde as condições climáticas são desafiadoras e se depende da força do vento para gerar a energia limpa. 

Omniverse e IA

O Omniverse opera localmente nos servidores da Pix Force, em Porto Alegre, com suporte de "GPUs Nvidia L40S", que processam grandes volumes de dados e simulações de alta performance. A iniciativa faz parte do programa "Inception" da companhia, que fornece suporte técnico e benefícios financeiros para startups.

Marcio Aguiar, diretor da Nvidia Enterprise para América Latina, destacou em nota o impacto da solução e o compromisso da empresa em aplicar sua tecnologia para transformar o setor de energia renovável, trazendo ganhos significativos em segurança, eficiência e competitividade.

"Com o Omniverse, possibilitamos simulações em tempo real, oferecendo uma base sólida através de redes neurais informadas pela física, e gestão avançada dos parques eólicos offshore", disse. 

Desafios e oportunidades para o Brasil

Daniel Moura, CEO da Pix Force, complementou que o Brasil enfrenta um gargalo na aprovação de licenças ambientais para parques eólicos offshore, com mais de 100 projetos aguardando liberação. Segundo ele, o uso da tecnologia pode acelerar estas etapas críticas de viabilidade e licenciamento, colocando o Brasil em posição de liderança global no setor. 

Rafael Coelho, CEO da Tidewise, também reforçou a importância da inovação em análises marítimas. “Queremos acelerar a transição para uma indústria marítima mais segura e sustentável, revolucionando este nicho e mostrando ao Brasil que uma empresa nacional pode ser referência internacional", acrescentou. 

Inicialmente validada em parques eólicos onshore (ou seja, em localizações em terra), a solução passa a ser ampliada para projetos offshore e outras áreas de atuação das empresas envolvidas.

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