Apoio:
Parceiro institucional:
Segunda chance: artesã têxtil, Sophie Canter ensina métodos de conserto de roupas durante workshop em Washington (AFP Photo)
Agência de notícias
Publicado em 12 de agosto de 2024 às 20h18.
Nas redes sociais, os jovens se posicionam contra o consumismo, a publicidade encoberta e a prática de exibir suas compras, conhecida como "haul", e pedem para se desfazer do supérfluo.
Reparar, reciclar, frugalidade e minimalismo: o "núcleo do subconsumo" é tendência no TikTok. Estas publicações incentivam o retorno aos prazeres e habilidades simples, em total contraste com o tipo de conteúdo popular na plataforma.
"Eles promovem um estilo de vida de consumo moderado: em vez de ter 15 produtos de beleza ou 50 pares de sapatos, ter apenas três", explica a analista francesa de comportamento digital Anissa Eprinchard.
Em um momento no qual tudo se tornou "objeto de consumo, desde o discurso político aos cuidados com a pele", esta tendência indica "um cansaço com o consumismo de conteúdo", opina.
"Quando as pessoas tentam constantemente lhe vender algo e os preços não param de subir, você acaba sofrendo de esgotamento financeiro", explica à AFP Kara Perez, influenciadora americana especializada em questões financeiras e responsabilidade ambiental.
"Uso elementos da natureza para decorar meu apartamento, a maioria das minhas roupas é de segunda mão... Reaproveito potes de molho para guardar comida, é gratuito e muito prático", conta uma internauta em um vídeo publicado em julho no Instagram.