Estradas: grupo começou com operação de concessão rodoviária e hoje tem metrô, VLT e aeroportos (CCR/Divulgação)
Rodrigo Caetano
Publicado em 23 de junho de 2022 às 21h15.
A CCR, empresa de infraestrutura, foi a primeira companhia a aderir ao Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo, em 2002. Foi um passo ousado, em uma época em que pouco se falava sobre governança no país. Anos mais tarde, a Operação Lava-Jato e a necessidade de fazer um acordo de leniência de 750 milhões de reais colocou em xeque a reputação e os negócios da CCR.
Foi a maior crise vivida pela companhia, e a resposta para o desafio foi encontrada naquilo que a diferenciou no mercado por tanto tempo: a governança. De quebra, a CCR também mergulhou no ESG ao definir sua estratégia para os próximos anos. A grande virada foi dada no ano passado, quando foi aprovada a Ambição 2025, conjunto de metas com cinco dimensões: reputação, ESG, clientes, colaboradores e negócios.
“Nosso negócio está voltado para a mobilidade humana: queremos impactar positivamente a vida das pessoas que utilizam nossas rodovias, nossos metrôs e trens e nossos aeroportos”, afirma Marco Cauduro, CEO do Grupo CCR. “E o fio condutor do planejamento estratégico de toda a organização está baseado em práticas ESG.”
Esse processo teve início há três anos, quando o conselho de administração do grupo iniciou as transformações estruturais na companhia. “Cada vez mais as grandes organizações serão desafiadas por fatores endógenos e exógenos como parte do percurso voltado para o crescimento sustentável”, diz Ana Maria Marcondes Penido Sant’Anna, chairwoman do grupo, em mensagem publicada no Relatório Integrado da empresa do ano passado. “O desafio é fazer com que intenções se materializem.”