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(Klaus Vedfelt/Getty Images)
O crescimento econômico global poderia receber um impulso de 20 trilhões de dólares se as mulheres tivessem o mesmo nível de educação que os homens, além do mesmo número de empregos, de acordo com um novo estudo.
Mudanças na política que resultam em mais mulheres entrando no mercado de trabalho, como aquelas que reforçam o acesso feminino ao ensino médio, creches e arranjos de trabalho flexíveis, têm o potencial de fomentar o crescimento global nas próximas três décadas, de acordo com análise publicada esta semana pelos economistas da Bloomberg Adriana Dupita, Abhishek Gupta e Tom Orlik. O relatório examina 36 economias desenvolvidas e emergentes.
O estudo é a evidência mais recente que ressalta que o fim da desigualdade de gênero no mercado de trabalho é crucial para a economia - à medida que essa se recupera da pandemia - e além. Globalmente, 58,4% das mulheres com idades entre 25 e 64 anos trabalham, em comparação com 92,1% dos homens, mostrou o estudo. Nos EUA, enquanto as mulheres ajudaram a impulsionar a maior economia do mundo após a última recessão, desta vez o país está ficando para trás - algo que os economistas chamaram de a primeira recessão feminina do país.
Houve um aumento súbito de mulheres nos Estados Unidos que deixaram o mercado de trabalho no ano passado, em meio a contratempos no setor de serviços e para cuidar de crianças cujas escolas ou creches fecharam durante a pandemia. Cerca de 1,4 milhão de mães permaneceu fora do mercado de trabalho em janeiro, de acordo com o Escritório do Censo. Ao mesmo tempo, o relatório de empregos de fevereiro mostrou que a participação das mulheres em idade avançada melhorou ligeiramente, embora ainda permaneça pior se comparada a níveis pré-pandêmicos.
A Índia teve a menor taxa de participação feminina entre os países analisados no relatório, de 16,6%. Fechar a lacuna entre homens e mulheres poderia adicionar mais de 30% ao Produto Interno Bruto do país até 2050.
“Os países precisam pensar e redesenhar suas economias para garantir que a economia seja capaz de receber a força de trabalho adicional com empregos produtivos”, disse Dupita, economista da Bloomberg. “Em muitos países, as barreiras à educação e ao emprego das mulheres estão profundamente arraigadas.”