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Mulheres indígenas recuperam área desmatada no Mato Grosso com plantio de agrofloresta

Ao todo, 16 mulheres do povo Xavante participaram da restauração florestal da região promovida pelo projeto Semêa e apostam na agricultura regenerativa

Esta é a segunda área reflorestada dentro do Território Indígena Pimentel Barbosa (MT), com foco no protagonismo feminino (Semêa/Divulgação)

Esta é a segunda área reflorestada dentro do Território Indígena Pimentel Barbosa (MT), com foco no protagonismo feminino (Semêa/Divulgação)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 19 de abril de 2025 às 14h00.

Mulheres indígenas do povo Xavante realizaram o plantio de uma agrofloresta em uma área desmatada de cinco hectares no território indígena Pimentel Barbosa, localizado em Canarana, no Mato Grosso.

A iniciativa faz parte do projeto Semêa, da Fundação Bunge, que promove a agricultura de baixo carbono e a preservação ambiental. Ao todo, 16 mulheres de quatro aldeias participaram da restauração florestal da região.

Com foco no cultivo sustentável, foram plantadas ramas de batata-doce e mandioca, além de sementes de melancia, abóbora e mamão, em conjunto com mudas nativas, como pequi, mangaba, cagaita, mutamba, ingá, goiaba, jatobá, baru, caju, cajuzinho e urucum.

Segundo Cláudia Buzzette Calais, diretora-executiva da Fundação Bunge, a ideia é refletir a valorização dos saberes ancestrais dos indígenas. “Os povos tradicionais têm uma sabedoria milenar no gerenciamento da biodiversidade e na convivência harmoniosa com a natureza", afirmou.

Além da recuperação ambiental, a ação busca fortalecer a segurança alimentar e nutricional das comunidades locais. "Aprendemos, por exemplo, que os Xavantes plantam mandioca em quatro ramas por cova para uma boa colheita", completou Cláudia.

O projeto Semêa tem como missão integrar agricultores familiares, comunidades tradicionais e grandes produtores do agronegócio, promovendo práticas agrícolas regenerativas. A organização utiliza as práticas como um caminho para uma economia de baixo carbono, por meio da conservação do solo, floresta e água.

Aposta no reflorestamento

A agrofloresta implementada no final de 2024 é a segunda área reflorestada dentro do Território Indígena Pimentel Barbosa por meio do projeto.

Em dezembro de 2023, uma área de 52 hectares passou pelo mesmo processo com espécies do Cerrado, como pequi e baru, utilizando a técnica de muvuca – que mistura sementes de diversas espécies nativas.

A iniciativa também priorizou o fortalecimento do protagonismo feminino e a promoção de culturas alimentares sustentáveis. De acordo com a organização, todas passaram por consulta e aprovação das lideranças indígenas locais, com acompanhamento da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Prefeitura de Canarana.

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