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Moeda verde? Governo federal quer transformar metano em biocombustível

Programa Metano Zero cria mercado de crédito de metano e promete reduzir as emissões no país; entenda

Metano Zero: programa promete reduzir as emissões de metano no país (Getty Images/Getty Images)

Metano Zero: programa promete reduzir as emissões de metano no país (Getty Images/Getty Images)

Isabel Rocha
Isabel Rocha

Jornalista

Publicado em 24 de março de 2022 às 12h03.

Última atualização em 1 de julho de 2024 às 15h28.

O governo federal anunciou, na segunda-feira, 21 de março, o lançamento de uma série de medidas que visam incentivar a produção e o uso sustentável do biometano no país. Além da inclusão do biometano no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), que suspende a incidência do PIS e Cofins sobre a aquisição de máquinas, material de construção e outros equipamentos; a iniciativa incluiu o metano no mercado de créditos de carbono, algo ainda inédito no mundo.

“A partir de hoje está criado, por portaria, o crédito de metano. O governo reconhece o crédito de metano como uma moeda verde, um ativo ambiental daqueles que tratarem o resíduo e conseguirem reduzir as emissões de metano”, afirmou o Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, durante o evento realizado no Palácio do Planalto.

De acordo com o Ministério, o programa ainda permite que produtores rurais e gestores de aterros sanitários se transformem em fornecedores de combustível e energias limpas e renováveis.

“Valorizando os resíduos orgânicos, as energias renováveis e combustíveis limpos, o mercado de carbono e principalmente o setor privado, a inovação e o empreendedorismo têm tudo para fazer ainda mais pelo nosso meio ambiente”, diz a minuta do programa.

 Entenda em profundidade os impactos da agenda ESG no desempenho de negócios e empresas.

Metano x biometano

 

Atrás apenas do dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) é um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa. A maior parte de sua emissão tem origem na agricultura e, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep), ele é 80 vezes mais potente no aquecimento do que o dióxido de carbono  em um horizonte de 20 anos. 

Já o biometano é uma alternativa sustentável ao CH4. Ele é derivado do tratamento do biogás — que, por sua vez, é gerado pela decomposição biológica de matérias orgânicas. No Brasil, o maior potencial de biogás e biometano vem dos resíduos sólidos urbanos, agrícolas e efluentes (esgotos).

Ele pode ser utilizado, por exemplo, como combustível e na geração de energia elétrica, o que ajuda a reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera.

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A importância de investir em medidas sustentáveis

 

As medidas anunciadas pelo governo federal são uma resposta à pressão internacional sobre a atuação brasileira com relação ao meio ambiente; que vem crescendo desde a 26ª Conferência das Partes (COP 26), realizada em novembro do ano passado. Na ocasião, o Brasil se comprometeu (junto com outros 100 países) a reduzir em 30% as emissões de metano até 2030 em relação aos níveis de 2020.

Mas os governos não são os únicos a se preocupar com adoção de medidas mais sustentáveis. Ao passo em que a perda da biodiversidade e os impactos das mudanças climáticas ficam cada vez mais evidentes, a adoção de uma agenda ESG (sigla em inglês para as práticas de responsabilidade ambiental, social e de governança) dentro de empresas privadas também cresce de maneira exponencial.

Ciente da crescente demanda por profissionais capazes de orientar e garantir que iniciativas verdes sejam praticadas dentro do mundo corporativo (e da falta de profissionais qualificados para supri-la) a EXAME Academy, braço educacional da EXAME, aumentou a oferta de cursos relacionados à ESG em sua plataforma. Há desde cursos livres sobre o assunto, até um MBA Executivo no nível de pós-graduação, desenvolvido em parceria com a Trevisan Escola de Negócios. Veja abaixo.

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O MBA Executivo em ESG e Impact permite entender em profundidade os potenciais impactos no desempenho de negócios e empresas a partir de eixos centrais que medem a sustentabilidade, o impacto social de investimentos e operações empresariais e a geração de valor.

Para isso, os alunos são apresentados a conceitos como economia circular, carbono zero e green economy. Também aprendem sobre marcos regulatórios, direito ambiental, mapeamento e mitigação de riscos. Ao final do curso, os aprovados recebem um certificado de MBA Lato Sensu em nível de Especialização em ESG e Impact.

Com carga horária total de 432 horas, as aulas são quinzenais e programadas para acontecer às sextas-feiras, durante a noite, e aos sábados, em período integral. Mas as interações ficam disponíveis para que os alunos possam assistir a qualquer momento, dando flexibilidade para que possam montar uma rotina de estudos adequada à sua agenda.

 

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