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MMA e BNDES lançam os primeiros editais para restauração da Amazônia

O investimento inicial será de R$ 100 milhões para a recuperação da vegetação nativa do bioma e visa transformar a área conhecida como “Arco do Desmatamento” em “Arco da Restauração”

Os editais buscam projetos para restauração ecológica e/ou produtiva, visando o fortalecimento da conservação da biodiversidade e cadeia produtiva dos territórios amazônicos

Os editais buscam projetos para restauração ecológica e/ou produtiva, visando o fortalecimento da conservação da biodiversidade e cadeia produtiva dos territórios amazônicos

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 5 de dezembro de 2024 às 15h20.

Última atualização em 5 de dezembro de 2024 às 15h32.

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançaram na quarta-feira (4) os primeiros editais de chamada pública para projetos do "Restaura Amazônia".  

A iniciativa conta com um total de R$ 450 milhões de investimentos, e inicialmente, serão destinados R$ 100 milhões visando a recuperação da vegetação nativa da Amazônia Legal -- sendo que metade virá de recursos do Fundo Amazônia, e os outros 50% da Petrobras. 

Desde seu lançamento em dezembro de 2023, integra o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa e irá ajudar diretamente na meta de recuperar 12 milhões de hectares de vegetação nativa até 2030, confirmada pelo Brasil durante a Conferência do Clima da ONU (COP29), em Baku.

Em nota, o governo destaca que o objetivo é transformar a área conhecida como “Arco do Desmatamento” em “Arco da Restauração”.  Esta área abrange o Maranhão, Acre, Pará, Mato Grosso e Rondônia e contempla unidades de conservação, terras indígenas e de comunidades tradicionais e propriedades rurais.

A expectativa é estimular o desenvolvimento de 6 milhões de hectares de floresta até 2030, com expansão para 24 milhões de hectares até 2050, segundo o governo. 

Os editais buscam projetos para restauração ecológica e/ou produtiva, visando o fortalecimento da conservação da biodiversidade e cadeia produtiva dos territórios dentro do bioma. Além disso, devem priorizar unidades de conservação, assentamentos da reforma agrária e terras indígenas e quilombolas nas áreas de entorno.

As propostas devem ser submetidas por entidades e organizações sem fins lucrativos brasileiras até o dia 7 de fevereiro de 2025 -- e levarem em consideração o contexto socioeconômico e cultural de cada região. Outro pré-requisito é a experiência prévia nas temáticas ambientais e a capacidade comprovada de execução. 

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, destacou que o Restaura Amazônia une ganhos para o meio ambiente e melhora as condições de vida da população. uma prioridade para nós, porque segue a política governamental de integrar os benefícios ecológicos e de manutenção dos serviços ecossistêmicos com a geração de emprego, renda, segurança hídrica e alimentar". 

O prazo para a execução dos projetos é de até 4 anos e as ações de restauração devem ser iniciadas nos primeiros 24 meses. Já o monitoramento e a manutenção de todas as áreas recuperadas deve ocorrer no ano seguinte. 

João Capobianco, secretário-executivo do MMA, complementou que a iniciativa não é apenas uma resposta ambiental, mas sim um novo modelo de desenvolvimento econômico que combina recursos públicos e privados. "Estamos mostrando que a recuperação da vegetação nativa é um investimento que reduz externalidades econômicas negativas, gera empregos e impulsiona a economia de base florestal", destacou. 

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