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Serra da Petrovina: área de cerrado no Mato Grosso, bioma que foi mais degradado no ano passado do que a Amazônia (Lucas Ninno/Getty Images)
Editor ESG
Publicado em 19 de junho de 2024 às 08h55.
O BTG Pactual Timberland Investment Group (TIG) irá fornecer 8 milhões de créditos de carbono à Microsoft. Essa transação é considerada a maior até o momento, de acordo com dados do MSCI Carbon Markets. Os créditos serão entregues por meio da estratégia de reflorestamento e restauração de US$ 1 bilhão do TIG na América Latina, que a Conservation International como parceira.
Essa estratégia se baseia na conservação, restauração e plantio em propriedades anteriormente desmatadas e degradadas em regiões que incluem o Cerrado, no Brasil, bioma conhecido por sua grande diversidade ambiental. O objetivo principal é proteger e restaurar cerca de 135 mil hectares de florestas nativas em áreas degradadas.
Além disso, a estratégia busca o plantio de milhões de árvores em florestas comerciais de manejo sustentável, certificadas independentemente pelos padrões do Forest Stewardship Council (FSC), em outros 135 mil hectares de terras desmatadas e degradadas. Até o momento, o TIG já investiu em 37 mil hectares, plantando mais de 7 milhões de árvores e iniciando a restauração de cerca de 2.600 hectares de floresta nativa.
Essa compra está alinhada com o compromisso da Microsoft de ter uma pegada de carbono negativa até 2030 e remover todas as emissões acumuladas desde sua fundação, em 1975, até 2050. O TIG conta com apoio da Conservation International para garantir que a estratégia promova a biodiversidade e o desenvolvimento inclusivo das comunidades locais.
Já foram identificadas mais de 297 espécies na primeira propriedade restaurada pela empresa, onde está prevista a criação de uma nova área de preservação, formando um corredor de quase 5 quilômetros até uma grande floresta nativa vizinha. Esse corredor pretende conectar, ao final, quase 10 mil hectares de habitat natural.
Além disso, o TIG iniciou um projeto de pesquisa em parceria com a Universidade de Viçosa para estudar técnicas de restauração do Cerrado.