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Patagônia: reestrututação e duas levas de demissões nos últimos quatro meses (Robert Alexander/Getty Images)
Editora ESG
Publicado em 1 de outubro de 2024 às 17h27.
Última atualização em 1 de outubro de 2024 às 17h32.
A Patagônia, marca americana de roupas e equipamentos esportivos famosa pelos compromissos com sustentabilidade, demitirá 1% de sua força de trabalho, na segunda rodada de cortes anunciadas pela companhia este ano.
Em uma postagem no Linkedin, Ryan Gellert, CEO da companhia, justificou as demissões pela necessidade de grandes mudanças internas para o sucesso da empresa no curto prazo, mas que devem ser fundamentais para o sucesso das próximas cinco décadas. Na mesma publicação, o executivo pondera que, embora a Patagônia siga lucrativa, também foi afetada pelo momento desfavorável ao setor de vestuário em geral.
Em junho desete ano, a companhia sediada em Ventura, na Califórnia, demitiu cerca de um terço do time de atendimento ao cliente, numa decisão polêmica que obrigava a mudança dos trabalhadores para uma de sete cidades próximas do escritório da marca: Reno, Salt Lake City, Dallas, Austin, Chicago, Pittsburgh ou Atlanta. Os funcionários, que até então trabalhavam remotamente, tiveram menos de uma semana para optar pela mudança ou aderir a um pacote de demissão voluntária.
Há dois anos, transferência de controle
Desde setembro de 2022, a Patagônia tem como proprietário majoritário o Holdfast Collective, organização sem fins lucrativos dedicada à preservação do planeta e cujo direcionamento passou a ser de direcionar qualquer dividendo não reinvestido na empresa para combate às mudanças climáticas.
Na operação, Yvon Chouinard, fundador da marca, transferiu cerca de US$100 milhões dos lucros anuais e 98% da empresa e 100% das ações sem direito a voto para o Holdfast. À época, a empresa tinha valor estimado em três bilhões de dólares. Por ter capital fechado, a Patagônia não divulga oficialmente seus balanços.