ESG

Malwee amplia linha de roupas feitas com um copo d'água

Coleção Água Para o que Importa é uma parceria da Malwee, que produz jeans com o uso de apenas 300ml de água, com a startup Água na Caixa e a artista plástica Estela Miazzi

Malwee lança coleção "Água Para o Que Importa" (Malwee/Reprodução)

Malwee lança coleção "Água Para o Que Importa" (Malwee/Reprodução)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 13 de outubro de 2022 às 11h19.

Última atualização em 13 de outubro de 2022 às 11h19.

Pouco mais de um ano após lançar, uma calça jeans produzida com um copo d 'água, a fabricante de roupas Malwee anuncia a ampliação do portfólio de peças jeans com esse conceito, que reduz 98% do uso de água na produção. A nova coleção é uma parceria entre a Malwee e a Água Na Caixa, startup que produz a água mineral carbono neutro do Brasil, envasada em caixinha reutilizável e 100% reciclável.

Ao todo são 12 peças, femininas, masculinas e unissex, entre jaquetas, calças, top, short, camisetas, croppeds, regatas cropped e moletons. Além disso, pela primeira vez, a marca apresenta jeans com um copo d'água em uma lavagem mais clara que a anterior, quando a calça foi lançada, em maio de 2021.

Já as peças em malha foram feitas com malha orgânica, produzida com algodão orgânico, sem o uso de químicos nocivos e agrotóxicos; e também com menos água. Os moletons foram estampados a partir de um processo mais sustentável que usa 60% menos água que o convencional.

"O crescimento do mix de peças do 'jeans com 1 copo d ́água' dentro do nosso portfólio já estava previsto. Desta vez, usamos um jeans que possui um tingimento chamado 'baby bloom', que é o fio do algodão em um tingimento mais claro e, assim, foi possível alcançar uma tonalidade mais leve no processo de lavagem com 'um copo d´água' no Lab Malwee Jeans", diz Guilherme Moreno, gerente de marketing da Malwee.

De acordo com o executivo, toda a produção de jeans já é feita com redução de pelo menos 80% no uso de água, e o objetivo é ir gradativamente ampliando essa redução para que, em breve, grande parte do nosso mix em jeans seja produzido com apenas 300 ml de água por peça.

"Acreditamos que quando uma marca desenvolve um produto com menos impacto ao meio ambiente, ela provoca o consumidor a pensar em um novo jeito de consumir, e isso só traz benefícios para o meio ambiente e para o nosso próprio futuro enquanto sociedade".

Parceria com Água na Caixa® e estampas de Estela Miazzi

Ainda segundo Moreno, a parceria com a startup Água na Caixa ocorreu pela sinergia dos negócios. "A Água na Caixa quer tornar o hábito de beber água em algo simples, que gere menos impacto e resíduo ao meio ambiente; e a Malwee entende que, quanto menos água a gente colocar na produção do nosso jeans e da nossa roupa, mais água a gente vai ter para  viver", afirma Moreno.

“Quando recebemos o convite para essa parceria com a Malwee, uma marca que fala com consumidores do Brasil inteiro de uma forma tão consciente, aceitamos na hora. Um dos nossos objetivos é tirar a água do espaço de commodity e levar ela pro universo da arte, e por isso essa parceria faz tanto sentido para a Água na Caixa", diz Fabiana Tchalian, co-fundadora da Água na Caixa.

Um dos destaques da coleção é que toda a estamparia das peças é assinada pela artista plástica Estela Miazzi, paulistana radicada em Recife que tem a água do mar como matéria-prima de inspiração criativa. As obras de Miazzi são todas em aquarela, simbolizando um mergulho na imensidão azul das águas, conceito que a artista trouxe para as estampas da coleção.

"Cada arte é diferente e ao mesmo tempo elas só existem para que a gente lembre que temos em nós todo o mar do mundo. Vestir uma aquarela é tornar um sonho muito íntimo e pessoal, realidade. E ver outras pessoas envolvidas e vestidas é um ‘sentimento oceânico", diz Estela.

Acompanhe tudo sobre:MalweeModaSustentabilidade

Mais de ESG

Como negociar no After Market da B3

Setores da saúde e moda ganham diretrizes para unir justiça climática na estratégia empresarial

Capital da Índia fecha todas as escolas primárias devido à poluição; entenda

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada