ESG

Para acelerar mercado de carbono, Itaú lança plataforma de compensação

Em parceria com bancos internacionais, o Itaú criou o Project Carbon, plataforma de compensação de carbono para alavancar mercado voluntário

Itaú e mercado de carbono: banco lança plataforma de compensação própria para acelerar mercado voluntário (Lucas Agrela/Site Exame)

Itaú e mercado de carbono: banco lança plataforma de compensação própria para acelerar mercado voluntário (Lucas Agrela/Site Exame)

O Itaú reacendeu as discussões sobre o interesse crescente do mercado financeiro no futuro do mercado de carbono voluntário. O banco anunciou hoje, 7, a criação de uma plataforma própria de compensação de carbono em parceria com os bancos internacionais Canadian Imperial Bank of Commerce (CIBC), National Australia Bank (NAB) e o Grupo NatWest.

O projeto piloto, que leva o nome de Project Carbon (Projeto Carbono), será lançado em agosto. O racional por trás do lançamento está em facilitar o acesso ao mercado de carbono voluntário com maior liquidez e adoção de protocolos internacionais para projetos de compensação.

A plataforma também vem para eliminar algumas barreiras como a falta de transparência em relação aos preços praticados pelos créditos de carbono e a liquidez desse ativo.

“Empresas de todo o mundo têm usado a compensação de carbono para colocar em prática suas estratégias de ação climática. O Projeto Carbono tem como objetivo apoiar um mercado global crescente de compensações de carbono de alta qualidade, com precificação e padrões claros e consistentes e proporcionará um caminho valioso em seus esforços para atingir o objetivo de Net Zero”, disse o Itaú, em nota.

O banco também afirma que o projeto funcionará como uma espécie de “marketplace para negociação de créditos de carbono”, onde haverá divulgação ao mercado sobre o porte das vendas e valores transacionados na plataforma.

O mecanismo também vai facilitar, diz o banco, o desenvolvimento de ferramentas para ajudar empresas, investidores, bolsas e marketplaces a dimensionar e mitigar riscos climáticos com a simplificação da prestação de contas e relatórios de compras de crédito.

“Estamos comprometidos com o desenvolvimento de produtos e serviços alinhados com as necessidades do mercado e da sociedade, somos movidos pela confiança e pela transparência, e focamos na sustentabilidade do nosso negócio. Os mercados voluntários de carbono complementam os esforços de redução de emissões de carbono em nível global, para alimentar uma economia de baixo carbono”, disse, em nota, Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco.

Quer saber como as mudanças climáticas afetam o dia a dia dos negócios? Assine a EXAME. 

De 1 a 5, qual sua experiência de leitura na exame?
Sendo 1 a nota mais baixa e 5 a nota mais alta.

Seu feedback é muito importante para construir uma EXAME cada vez melhor.

Acompanhe tudo sobre:BancosCarbonoItaúPegada de carbono

Mais de ESG

"COP29 enfraquece negociações climáticas", dizem ex-autoridades da ONU

Como negociar no After Market da B3

Setores da saúde e moda ganham diretrizes para unir justiça climática na estratégia empresarial

Capital da Índia fecha todas as escolas primárias devido à poluição; entenda