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O Prêmio Fashion Futures reconhece os sete projetos e personalidades que promovem um futuro mais justo e sustentável no setor (Divulgação)
Repórter de ESG
Publicado em 18 de março de 2025 às 09h00.
O Instituto C&A, braço social da varejista C&A, destinou R$ 8,16 milhões em 2024 para promover a inclusão social e produtiva na moda, impactando diretamente mais de 26 mil pessoas em todo Brasil.
O investimento foi direcionado principalmente a iniciativas que buscam a ampliação da diversidade, geração de oportunidades de emprego e apoio a grupos minorizados dentro do setor.
Um dos destaques é o Programa de Voluntariado Corporativo da companhia, que envolveu mais de 4 mil colaboradores e fortaleceu parcerias com 115 organizações sociais em todo o país. A coordenação do instituto também proporcionou consultoria técnica para marcas e estudantes de moda, promovendo a troca de conhecimentos.
"Acreditamos no poder transformador da moda e queremos criar oportunidades reais nas comunidades", destacou Gustavo Narciso, diretor executivo do Instituto C&A.
Em 2024, o IC&A FashionLab, uma metodologia desenvolvida pelo Instituto C&A para promover a inclusão produtiva no setor, realizou cinco edições de capacitação técnica, mercadológica e comunicacional. O programa beneficiou pessoas que buscavam tanto empreender, quanto se inserir no mercado formal de trabalho.
Os participantes também tiveram a oportunidade de obter investimentos ou acesso a novas oportunidades por meio de bancas avaliativas.
Já no IC&A de Portas Abertas, 269 profissionais receberam preparação para atuar no varejo de moda, com a atualização de currículos e imersões sobre carreira e empregabilidade. No total, a C&A contratou 14,1% dos formados no programa.
Além das ações de inclusão produtiva, o Instituto C&A promoveu a terceira edição do prêmio Fashion Futures, um reconhecimento para os sete projetos e personalidades que promovem um futuro mais justo e sustentável neste mercado. A premiação distribuiu mais de R$ 100 mil aos vencedores.
Para 2025, o Instituto C&A planeja ampliar seus investimentos, expandir as parcerias e lançar novos projetos para ampliar o impacto social e ambiental das iniciativas. Segundo o instituto, o plano é continuar priorizando a diversidade e a inclusão, com foco na sustentabilidade.
"Queremos fortalecer nossa rede de impacto e beneficiar mais pessoas neste ano, gerando mudanças sustentáveis e potencializando a economia criativa", concluiu Gustavo Narciso.
Atrás apenas da indústria petrolífera, a moda é a segunda maior poluidora do mundo e representa 10% das emissões globais de CO2. Um dos grandes desafios do setor é o desperdício: só no Brasil, são produzidas cerca de 170 mil toneladas de roupas por ano, mas apenas 20% das peças são recicladas ou reaproveitadas, segundo o Sebrae.
Pensando nisso, a C&A aposta fortemente na economia circular e reciclagem. Em 2017, lançou o Movimento ReCiclo para incentivar os consumidores a destinarem suas roupas usadas nas urnas presentes em suas lojas em todo Brasil. Em 2024, a varejista bateu a marca de 317 mil peças arrecadadas — o que representa 109 toneladas de resíduos têxteis que passam a integrar novamente a cadeia.