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Iniciativas de inclusão produtiva da Gerando Falcões formam 23 mil pessoas em 2024

Programas de empregabilidade e geração de renda para comunidades passam pelo desenvolvimento de habilidades e competências socioemocionais

O objetivo é que em 2025 a ONG siga com a expansão das iniciativas de inclusão produtiva (Leandro Fonseca/Exame)

O objetivo é que em 2025 a ONG siga com a expansão das iniciativas de inclusão produtiva (Leandro Fonseca/Exame)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 15h25.

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Em 2024, a ONG Gerando Falcões formou mais de 23 mil pessoas em suas iniciativas de inclusão produtiva, uma alta de 200% na comparação com o ano anterior. Outras 12 mil passaram pelos programas de empregabilidade e a geração de renda da organização, que trabalha pela erradicação da pobreza em comunidades e periferias de todo o país.

A organização aplica trilhas de capacitação voltadas para jovens e adultos de favelas brasileiras. O objetivo é focar no desenvolvimento de habilidades e competências socioemocionais, buscando a melhor preparação para o mercado de trabalho e no projeto de vida. Os cursos passam pelo nível básico ao avançado.

O diretor de operações e co-fundador da Gerando Falcões, Alex dos Santos, conhecido como Lemaestro, conta que a união de atores sociais possibilitou os resultados positivos. “Conseguimos oferecer uma diversidade de iniciativas em função das parcerias que temos com as empresas e as ONGs que fazem parte do nosso ecossistema”, conta.

O objetivo é que em 2025 a ONG siga com a expansão das iniciativas de inclusão produtiva, com a meta de dobrar o impacto gerado na formação de jovens e adultos. Dessa forma, a Gerando Falcões espera auxiliar mais pessoas em vulnerabilidade por meio da geração de renda. “Além disso, queremos ampliar o número de parcerias com o setor privado, o que vai nos permitir alavancar ainda mais nossos objetivos”, disse.

Diversidade nas contatações

Lemaestro ainda conta que os programas favorecem a diversidade na sociedade e nas empresas brasileiras, o que é um ponto positivo para o setor privado. “Solução de problemas, agilidade sobre pressão, inovação com falta de recursos e busca de soluções: as habilidades que o mercado mais necessita são as características que a favela mais possui”, afirma.

Um dos participantes dessa formação foi Eric Ria, de 20 anos. Morador do extremo leste da cidade de São Paulo, Eric sentia dificuldades para a comunicação e expressão pessoal. “A Gerando Falcões a ajudou a evoluir minha mente e entender como eu posso expressar melhor minhas emoções”, disse. Após os cursos, o jovem conquistou uma oportunidade como jovem aprendiz, e hoje é analista de produto. “Conheci bastante gente nova e até comecei a desenvolver o meu inglês no trabalho”, conta.

Plataforma de empregos

Ainda neste ano, a Gerando Falcões planeja implementar uma plataforma de empregabilidade que conecte os formandos dos cursos com empresas parceiras em busca de profissionais qualificados. Assim, a tecnologia auxiliará a dar mais agilidade na seleção e contratação, que se baseia em critérios de diversidade.

Além disso, quatro centros de educação devem ser instalados. A ONG já conta com oito Tech Hubs para atender a locais no Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Salvador (BA), Fortaleza (CE) e Natal (RN).

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