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Vista aérea de Estocolmo, na Suécia: mesmo países nórdicos, reconhecidos pelas iniciativas de igualdade de gênero nas empresas, têm poucas mulheres em cargos de liderança nas instituições financeiras (Edward Stojakovic/Flickr/Creative Commons/Creative Commons)
Leo Branco
Publicado em 24 de fevereiro de 2021 às 16h59.
As métricas de crédito de um banco podem, em breve, depender mais da seriedade de como as instituições lidam com a igualdade de gênero, de acordo com a DBRS Morningstar.
A agência de classificação de risco diz que um foco claro na diversidade de gênero coloca os bancos em melhor posição para responder às metas ambientais, sociais e de governança que investidores exigem cada vez mais. E é uma categoria na qual bancos nórdicos já estão à frente, diz a DBRS.
“Os bancos nórdicos certamente fizeram progresso significativo na melhora da diversidade de gênero, em parte por meio de políticas internas viáveis e mensuráveis”, disse Elisabeth Rudman, responsável pelo grupo de instituições financeiras europeias da DBRS, em resposta por e-mail a perguntas. “Outros bancos europeus poderiam aprender com as ações tomadas.”
Duas das seis mulheres que dirigem os maiores bancos da Europa estão na região nórdica, no DNB e no Svenska Handelsbanken. E a Noruega e a Suécia, onde os bancos estão localizados, apresentam as maiores proporções de mulheres na diretoria, de acordo com a DBRS.
Alguns dos maiores investidores do mundo deixaram claro que a diversidade de gênero não é apenas um modismo. O fundo soberano da Noruega, com US$ 1,3 trilhão sob gestão e que detém 1,5% das ações mundiais, quer que as empresas nas quais investe tenham pelo menos 30% de seus cargos ocupados por mulheres, segundo anunciado neste mês.
E há sinais de que as empresas começam a ouvir. As mulheres ocuparam 22 assentos a mais nos conselhos de administração de empresas no Índice Standard & Poor’s 500 em janeiro em relação a dezembro, marcando o maior aumento em quase dois anos.