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Hidrogênio verde: Organizações se unem para assinatura de acordo acelerador de mercado

Na próxima semana, entidades se reunirão para assinatura de acordo de ampliação da produção e uso de hidrogênio verde no Brasil

Hidrogênio verde: entidades se unem para assinar acordo acelerador das produções nos estados de São Paulo e Ceará (Angel Garcia / Bloomberg/Getty Images)

Hidrogênio verde: entidades se unem para assinar acordo acelerador das produções nos estados de São Paulo e Ceará (Angel Garcia / Bloomberg/Getty Images)

Fernanda Bastos
Fernanda Bastos

Repórter de ESG

Publicado em 22 de setembro de 2023 às 15h59.

Última atualização em 22 de setembro de 2023 às 16h51.

No dia 26 de setembro, às 14hrs, presidentes e representantes da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), da FIEC (Federação da Indústria do Estado do Ceará) se reunirão com membros da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar) e da ABEEÓLICA (Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias) na sede da FIESP para firmar acordo que visa a ampliação da produção e do uso de hidrogênio verde (H2V) pela indústria. 

Estarão presentes no evento Josué Gomes, da FIESP, Ricardo Cavalcante, da FIEC, Ronaldo Koloszuk, da ABSOLAR, Elbia Gannoum, da ABEEÓLICA, e outros representantes brasileiros do ramo. O evento tem como foco promover o progresso do mercado em todo o território nacional, mas com foco especial nos estados de São Paulo e Ceará, regiões que correspondem a grandes pólos de produção do hidrogênio verde no Brasil.

Com isso, as organizações envolvidas querem identificar possíveis colaborações na indústria – principalmente pensando na produção de eletrolisadores e outros equipamentos usados na produção do H2V e amônia verde –  além de ser uma contribuição para o desenvolvimento de metas produtivas e do uso do combustível.

A cooperação também visa contribuir para o apoio de políticas públicas voltadas à produção e uso do H2V e derivados. Pensando nisso, as organizações envolvidas se preocupam com a substituição do hidrogênio de origem fóssil usado atualmente – também conhecido como hidrogênio cinza –  pelo hidrogênio de origem renovável, mais conhecido como hidrogênio verde. Outra preocupação é a atração de investimentos para o desenvolvimento tecnológico e industrial, companhias parceiras e a geração de empregos e renda.

“O apoio do setor produtivo, em consonância com as autoridades públicas, é fundamental para a criação das rotas de produção do combustível a partir de fontes renováveis”, diz Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de administração da ABSOLAR. Para ele, dentro de alguns anos, o Brasil será capaz de produzir o hidrogênio renovável mais competitivo, desde que desenvolva políticas públicas, programas e incentivos adequados. 

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O que é o hidrogênio verde?

O hidrogênio – apesar de muito abundante – dificilmente é encontrado em sua forma elementar no planeta. A geração, por sua vez, acontece a partir de alguma matéria-prima que contenha o elemento (como água, combustíveis fósseis ou até biomassa). Já o hidrogênio verde (H2V) é obtido pela eletrólise da água, que usa corrente elétrica para quebrar a molécula da água (H2O), separando o hidrogênio (H2) do oxigênio (O). 

Então, o hidrogênio extraído dessa forma pode auxiliar no alcance de metas globais de energia, sendo importantíssimo para a transição energética de baixo carbono, pois o hidrogênio verde usa fontes renováveis na sua geração. Assim, o combustível obtido não emite gases de efeito estufa (GEE) e nem gera poluição. 

O H2 verde pode ser uma alternativa no armazenamento de energia eólica e solar, evitando o desperdício de eletricidade limpa, utilizar o excedente da produção para realizar a eletrólise (gerar o gás hidrogênio) e armazená-lo. 

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