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A Atlas Agro está desenvolvendo projetos para construção de uma série de fábricas de fertilizantes nitrogenados verdes (YARA/Divulgação)
Repórter de ESG
Publicado em 4 de agosto de 2023 às 15h38.
A Macquarie Asset Management (MAM), gestora de ativos global, e a Atlas Agro Holding AG, produtora de fertilizantes nitrogenados com zero emissões de carbono ao meio ambiente, anunciam um aporte da gestora de ativos de até 325 milhões de dólares na Atlas Agro, por meio do fundo Macquarie GIG Energy Transition Solutions (MGETS).
A Atlas Agro está desenvolvendo projetos para construção de uma série de fábricas de fertilizantes nitrogenados verdes em escala industrial nos Estados Unidos e na América Latina, sobretudo no Brasil, que utilizarão hidrogênio verde em seu processo de produção, em vez do processo convencional de que utiliza combustíveis fósseis.
O modelo de negócios compreende a produção de fertilizantes nitrogenados a partir de geração de energia exclusivamente limpa e renovável, disponibilizando um produto nacional, sustentável e competitivo aos produtores rurais da região, e assim promovendo uma redução significativa na pegada de carbono, tanto da produção quanto do transporte.
“A MAM, tem compromisso de acelerar a descarbonização de indústrias difíceis de abater e é um parceiro ideal para nós, sobretudo quando nos aproximamos da construção de nossas primeiras fábricas nos Estados Unidos”, disse Petter Østbø, CEO da Atlas Agro.
O investimento é um passo significativo para permitir a expansão da Atlas Agro nas Américas e globalmente. O aporte ajudará a empresa a realizar seu plano de fornecer uma alternativa sustentável aos produtos convencionais de fertilizantes baseados em combustíveis fósseis, que contribuem fortemente para as emissões de gases de efeito estufa (GEE).
No Brasil, a Atlas Agro anunciou a instalação da primeira unidade fabril de fertilizantes nitrogenados a partir do hidrogênio verde, a ser implantada em Uberaba (MG) com investimentos totais de US$ 850 milhões.
A aposta da companhia é tornar-se primeira referência na descarbonização da indústria de fertilizantes no Brasil, já que atualmente mais de 90% do fertilizante nitrogenado utilizado no País são importados de outros países, como Rússia, sendo todos eles produzidos a partir de fontes fósseis e poluentes.
A planta utilizará uma matriz 100% limpa, a partir de fontes renováveis, tais como a solar e eólica, para produção do hidrogênio verde, Amônia verde e os fertilizantes nitrogenados com zero carbono.
A fábrica terá ainda uma capacidade de produção para 500 mil toneladas por ano de fertilizantes para atender os clientes da região. “A nova planta é um importante passo para a substituição de fertilizantes estrangeiros com significativa pegada de carbono por uma produção nacional a partir de um processo totalmente sustentável. Também se configura como uma grande oportunidade para a reindustrialização verde e o aumento da promoção da segurança alimentar no Brasil”, comenta Knut Karlsen, co-fundador e CEO da Atlas Agro para América Latina.