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Google faz doação de R$ 20 milhões para o desenvolvimento sustentável da Amazônia

O maior investimento da história da bigtech será destinado a projetos na América Latina; No Brasil, será administrado pelo Instituto Clima e Sociedade e apoiar organizações que utilizam tecnologias verdes

O anúncio foi feito em um momento crucial para o Brasil, que se prepara para receber a COP30 pela primeira vez em 2025 -- bem no coração da Amazônia (Silvestre Garcia - IntuitivoFilms/Getty Images)

O anúncio foi feito em um momento crucial para o Brasil, que se prepara para receber a COP30 pela primeira vez em 2025 -- bem no coração da Amazônia (Silvestre Garcia - IntuitivoFilms/Getty Images)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 10 de dezembro de 2024 às 08h00.

De olho na próxima Conferência do Clima da ONU (COP30) em Belém do Pará no ano que vem, o Google fez um anúncio ambicioso e reforçou o tamanho do potencial do Brasil e da Amazônia para o enfrentamento da crise climática.

Por meio de sua instituição filantrópica, a bigtech irá doar R$ 20 milhões (US$ 4 milhões) para apoiar projetos de sustentabilidade na América Latina que visem a redução de gases de efeito estufa no bioma amazônico e a preservação da floresta.

O investimento é o maior da história na região e quer apoiar a construção de modelos tecnológicos voltados para Soluções Baseadas na Natureza (SbN) -- ou seja, que se inspiram na própria natureza para lidar com as demandas e os atuais desafios ambientais mais urgentes. 

No Brasil, será destinado ao Instituto Clima e Sociedade (iCS), que irá utilizar o recurso para lançar um edital no próximo ano de apoio a organizações que estão usando inteligência artificial (IA) e outras tecnologias verdes mirando a descarbonização.

O foco será em projetos de transição para uma agropecuária e sistemas alimentares de baixo carbono e que promovam sistemas mais sustentáveis nos setores de energia, indústria e transporte.

Como objetivo final, o Instituto Clima e Sociedade citou a produção de um estudo para  monitorar e aprimorar a implementação do Acordo de Paris no Brasil: o "NetZero Brazil", inspirado no bem-sucedido "NetZero America".

Além disso, a expectativa do instituto é gerar resultados concretos na redução do desmatamento e das emissões no bioma. 

Maria Netto, diretora-executiva do iCS, destacou em nota que o uso de tecnologias inovadoras pode contribuir para escalar as (SbNs) e avançar rumo a uma agenda climática mais ambiciosa. "Somente com a natureza no centro do debate será possível combater as mudanças do clima e atingir as metas do Acordo de Paris”, disse.

Fabio Coelho, presidente do Google Brasil, também reiterou o papel da tecnologia (especialmente da IA) para driblar os desafios climáticos. "O iCS tem desempenhado um papel fundamental na agenda e estamos entusiasmados em apoiar seus esforços para proteger a Amazônia e promover um futuro sustentável para o Brasil", complementou. 

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