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Arte na luta: obras da exposição Atlântico Vermelho são mostradas em manifestação pela equidade racial durante o evento (Renata Hilario/Divulgação)
Repórter de ESG
Publicado em 24 de abril de 2024 às 13h53.
Entre os dias 16 e 19 de abril aconteceu em Genebra o 3º Fórum Permanente de Povos Afrodescendentes. A iniciativa busca conectar a inclusão social e econômica da população de origens africanas ao redor do mundo, assim como garantir a ação das empresas pela equidade étnico-racial.
O Pacto Global da ONU – Rede Brasil esteve presente no evento e ajudou a movimentar a iniciativa privada na garantia de direitos da população negra no ambiente corporativo. A delegação contou com cerca de 50 pessoas e 22 empresas e organizações da sociedade civil.
O movimento da ONU ainda contou com três eventos paralelos à programação oficial, que debateram o papel das pessoas aliadas na luta antirracista e o do setor privado na redução de desigualdade contra a população negra. Entre os participantes estiveram Lidiane Orestes, gerente executiva de Direitos Humanos, Diversidade e Inclusão do Banco do Brasil; Luciene Rodrigues, Gerente de Relações Institucionais do MOVER e Benilda Brito, membro do comitê consultivo do Movimento Raça é Prioridade.
Os painéis contaram ainda com a participação de especialistas da área de diversidade como Guibson Trindade Torres, Gerente Executivo do Pacto pela Equidade Racial e Fernanda Ribeiro, Fundadora e CEO da Conta Black.
A diretora de operações do Pacto Global da ONU, Camila Valverde, conta sobre a importância da atuação de empresas na temática racial e na inclusão de pessoas negras em cargos de liderança. “Não tenho dúvidas que seremos um país desenvolvido somente quando reduzirmos as desigualdades, e o setor privado tem esta potência de transformar a realidade atual”, afirma. O Pacto Global conta com movimentos para garantir a equidade e o aumento de mulheres e pessoas negras entre a liderança das empresas até 2030.
A exposição Atlântico Vermelho foi inaugurada durante o evento. São 60 obras de 22 artistas afro-brasileiros, sob curadoria de Marcelo Campos, curador-chefe do Museu da Arte do Rio (MAR). A exposição é uma ação dos institutos Luiz Gama e Guimarães Rosa e da ONG Paramar. A inciativa busca debater direitos humanos, racismo e as travessias atlânticas através da arte. As obras devem ficar na sede da ONU até 26 de abril.
Durante o Fórum, o Pacto Global da ONU – Rede Brasil lançou a Pesquisa Diversidade, Equidade e Inclusão. A parceria com o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) busca quantificar o avanço da pauta de diversidade nas empresas brasileiras e mapear suas práticas em áreas como gênero, raça, presença de pessoas com deficiência, entre outros quesitos. A pesquisa está disponível para ser preenchida até 20 de maio a partir deste link.