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Assim como no caso das usinas reversíveis, ou baterias d’água, as hidrelétricas de baixíssima queda podem promover uma retomada da indústria nacional. (Ascent Xmedia/Getty Images)
Publicado em 12 de julho de 2024 às 14h30.
Última atualização em 17 de julho de 2024 às 17h25.
O maior potencial hidrelétrico ainda inexplorado do Brasil com baixo impacto socioambiental se encontra em regiões planas de grande disponibilidade hídrica. Um bom exemplo são os trechos de rios não aproveitados entre usinas existentes.
Os projetos de usinas hidrelétricas de baixíssima queda, inferiores a 10 metros, poderiam acrescentar alguns gigawatts à matriz brasileira, e teriam as seguintes vantagens:
Usinas desse tipo não resolvem as questões de uso múltiplo e armazenamento, que dependem de condições topográficas diferentes e de necessidades socioambientais particulares, como no caso das bacias recentemente atingidas pelas cheias no Rio Grande do Sul.
Por outro lado, embora tenda a ser mais adequado a trechos planos de rios em regiões já alteradas pela ação humana, esse tipo de arranjo também pode ser avaliado em ambiente participativo como alternativa para usinas cujos estudos não avançaram devido a restrições socioambientais.
Diante das vantagens específicas dessa solução de engenharia, avaliamos que haveria viabilidade econômica para esse tipo de projeto. Assim como no caso das usinas reversíveis, ou baterias d’água, as hidrelétricas de baixíssima queda podem promover uma retomada da indústria nacional, com benefícios em diversos elos da cadeia produtiva, como empresas projetistas, construtoras e fabricantes de equipamentos eletromecânicos.