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Exclusivo: Ypê e Casa dos Ventos fecham parceria de R$ 230 milhões para energias renováveis

Companhia de limpeza atingiu meta de 100% de utilização de energias limpas

Araripe ainda afirmou que os benefícios logísticos ainda incluem as condições do Contrato de Uso do Sistema de Transmissão (Thinkstock)

Araripe ainda afirmou que os benefícios logísticos ainda incluem as condições do Contrato de Uso do Sistema de Transmissão (Thinkstock)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 22 de janeiro de 2025 às 18h17.

Última atualização em 22 de janeiro de 2025 às 18h19.

A Ypê, companhia de higiene e limpeza, e a Casa dos Ventos, produtora de energia renovável no Brasil, acabam de fechar uma parceria de R$ 230 milhões para fornecimento de energia solar.

O acordo, anunciado com exclusividade à EXAME, garante a Ypê que 100% de seu abastecimento energético seja a partir de fontes renováveis, atingindo sua principal meta de sustentabilidade a partir da autoprodução. A parceria tem duração de 15 anos e terá início em 2026.

De acordo com o CEO da Casa dos Ventos, Lucas Araripe, o fornecimento será a partir da usina solar de 100 MW de capacidade instalada que será adicionada ao Complexo Eólico Babilônia Sul, na Bahia, tornando o empreendimento híbrido.

“A estratégia da hibridização parte de entender como aproveitar melhor as regiões onde atuamos. Na Bahia, há muita radiação durante o dia, mas também muito vento durante a noite. Com a operação híbrida, dimensionamos a infraestrutura já existente ao máximo de produtividade”, disse Araripe.

A parceria ainda acelera a estratégia de negócios da Casa dos Ventos, que totaliza R$ 1 bilhão investido em sua hibridização. A primeira fase do projeto contempla os complexos Babilônia Sul e Babilônia Centro, ambos na Bahia. Este último também receberá 200 MW de capacidade solar para complementar os 553 MW eólicos existentes, em uma joint venture com a ArcelorMittal.

Casa dos Ventos e RIMA firmam acordo de R$ 1 bilhão pelo fornecimento de energia eólica

“Pretendemos seguir na mesma direção com outros projetos ainda neste ano, como o Complexo Eólico Rio do Vento, no Rio Grande do Norte, diversificando e ampliando nossas oportunidades de negócios”, disse. Segundo o executivo, a companhia ainda estuda investir em plantas solares isoladas nos próximos meses.

Araripe ainda afirmou que os benefícios logísticos ainda incluem as condições do Contrato de Uso do Sistema de Transmissão (CUST). “Se assinamos o contrato de distribuição de 300 MW e as condições não favorecem para gerar toda a capacidade instalada, consigo tornar mais competitivo com o uso da energia solar. Combinar as duas fontes otimiza a infraestrutura de transmissão”, explica.

É a segunda parceria entre a Ypê e a Casa dos Ventos: em fevereiro de 2024, as companhias assinaram um acordo de R$ 250 milhões pelo fornecimento de energia renovável até 2039 a partir do Complexo Rio do Vento, com capacidade instalada de 1.038 MW. A quantia é suficiente para evitar a emissão de 1,7 milhão de toneladas de CO2 por ano.

Avanço na sustentabilidade

Para Eduardo Beira, diretor-executivo de operações da Ypê, o acordo representa um marco na estratégia de sustentabilidade da companhia, que há mais de uma década já utiliza de geração distribuída de energias limpas, além de fontes renováveis dentro da operação. “É a cereja do bolo no ano que marca nosso 75º aniversário de operação”, disse.

“Sempre procuramos guiar o setor de higiene e limpeza, seja por estratégias de reflorestamento, pela utilização de caldeira movidas a biomassa ou a utilização de caminhões movidos a gás natural veicular e elétricos”, conta.

De acordo com Beira, a parceria é uma forma de representar os avanços que vêm sendo feitos e do compromisso assumido há décadas. “Entendemos que empresas tem responsabilidades, então desde nosso início tentamos tornar o planeta um pouco melhor para as futuras gerações”, afirma.

O diretor ainda afirmou que a companhia estuda formas de ampliar sua atuação sustentável, como ao eliminar a geração de lixo em 2 de seus 7 complexos fabris. A matriz da companhia, em Amparo (SP), conta com apenas 5% de geração de resíduos para aterro.

Para a Casa dos Ventos, os próximos 12 a 18 meses devem contar com a aprovação de mais 1 GW de energia solar. “Isso vai ajudar a trazer demanda para o Brasil, favorecendo a descarbonização, a atração de investimentos para a infraestrutura de data centers e ancorar novos projetos eólicos e solares”, conta.

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