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Atualmente, existem 255 mil sistemas de geração solar instalados no Brasil. Projetos residenciais respondem por sete em cada dez instalações (shansekala/Thinkstock)
Rodrigo Caetano
Publicado em 21 de setembro de 2020 às 13h05.
O mercado de energia solar é formado, principalmente, por pequenas e médias companhias. São mais de 14 mil prestadores de serviço nesta área, segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). De olho na demanda desses profissionais por soluções tecnológicas, uma distribuidora de equipamentos solares vai lançar um aplicativo gratuito que permite realizar todo o processo de vendas digitalmente. A Golden Distribuidora, em parceria com a Edmond, de tecnologia, estão investindo 40 milhões de reais no projeto.
O aplicativo foi batizado de APP Solar e estará disponível no final deste mês. Ele é voltado, especialmente, para integradores, que são os profissionais que elaboram os projetos e instalam os sistemas de geração fotovoltaica. Por meio da ferramenta, os profissionais poderão comparar equipamentos e marcas, analisar as combinações de dispositivos quanto à produção energética e calcular o retorno do investimento.
A plataforma ainda integra um banco digital, que oferece opções para financiar projetos, realizar transferências via TED ou PIX, receber pagamentos por meio de QR codes e fazer operações de antecipação de recebíveis. Segundo Davi Saadia, CEO da Golden, a ideia é criar novos modelos de negócios no segmento de geração solar. “Nossa proposta é ampliar o desenvolvimento do mercado fotovoltaico no Brasil, com mais empoderamento e soluções para as empresas integradoras”, afirma Saadia.
Mesmo com a pandemia, o mercado de geração solar no Brasil apresentou crescimento de 45% em número de instalações no primeiro semestre deste ano. Atualmente, existem 255 mil sistemas instalados, número que triplicou nos últimos 12 meses. Projetos residenciais respondem por sete em cada dez instalações de painéis solares no país. Em termos de potência instalada, no entanto, as empresas de comércio e serviços estão na frente, com 39,5% da capacidade total. Ao todo, já foram investidos mais de 15 bilhões de reais em sistemas de geração fotovoltaica no País.
Esse mercado é também um grande gerador de empregos. Desde 2012, foram criados 162 mil postos de trabalho na área. A remuneração média dos profissionais de energia solar supera 2 salários mínimos, o equivalente a 2.090 reais.
A possibilidade de economizar na conta de luz é o principal atrativo dos sistemas fotovoltaicos. Segundo Bárbara Rubim, CEO da consultoria Bright Strategies, em tempos de pandemia, a energia solar ganhou um novo aspecto econômico ao atuar como redutor de gastos fixos de comércios e outros estabelecimentos. “Um ponto de destaque é a maior previsibilidade que o consumidor adquire quando decide migrar para a geração solar, pois passa a ficar blindado dos impactos das políticas tarifárias”, afirma Rubim.
Essa economia pode chegar a 95%, dependendo da região onde o sistema foi instalado e dos hábitos de consumo. Os equipamentos, no entanto, não são baratos. Um sistema residencial, com capacidade de 2 kWp (unidade que define a potência máxima de um painel fotovoltaico), sai por volta de 14.000 reais.
Fonte: Portal Solar (preços coletados em março deste ano)