Apoio:
Parceiro institucional:
Um sistema residencial com capacidade de 2 kWp sai por volta de 14.000 reais. Tempo de retorno do investimento varia de 3 a 7 anos (MGAPress/Divulgação)
Rodrigo Caetano
Publicado em 30 de julho de 2020 às 12h23.
Última atualização em 30 de julho de 2020 às 17h11.
Investir em energia solar, geralmente, compensa. A economia proporcionada pelos painéis na conta de luz, em alguns anos, paga o custo do sistema. Os equipamentos, no entanto, não são baratos. Um sistema residencial, com capacidade de 2 kWp (unidade que define a potência máxima de um painel fotovoltaico), sai por volta de 14.000 reais.
Atualmente, dependendo do consumo, um sistema fotovoltaico “se paga” em 3 a 7 anos. Para reduzir esse tempo, a PV Operation, empresa brasileira de manutenção em usinas solares, lançou um software gratuito que faz a telemetria dos sistemas, remotamente, e monitora o desempenho dos painéis. Segundo a companhia, com isso, é possível reduzir o prazo em 10%.
O software lê as informações do inversor, responsável converter a energia captada pelos painéis para o padrão correto, e mede a produção real de eletricidade. O desempenho dos equipamentos pode ser afetado por uma série de situações, como superaquecimento, sujeira acumulada ou um cabo solto. O sistema registra o histórico de consumo e gera alertas em caso de problemas.
“Sabe-se, por exemplo, que a sujeira responde por cerca de 20% da totalidade dos problemas relacionados com a eficiência da usina solar, mas existem diversos outros. Portanto, nossa proposta é oferecer inovação e agregar valor ao mercado”, afirma Siqueira Neto, CEO da PV Operation.
A possibilidade de economizar na conta de luz é o principal atrativo dos sistemas fotovoltaicos. Segundo Bárbara Rubim, CEO da consultoria Bright Strategies, em tempos de pandemia, a energia solar ganhou um novo aspecto econômico ao atuar como redutor de gastos fixos de comércios e outros estabelecimentos. “Um ponto de destaque é a maior previsibilidade que o consumidor adquire quando decide migrar para a geração solar, pois passa a ficar blindado dos impactos das políticas tarifárias”, afirma Rubim.
Essa economia pode chegar a 95%, dependendo da região onde o sistema foi instalado e dos hábitos de consumo. Os equipamentos, no entanto, não são baratos. Um sistema residencial, com capacidade de 2 kWp (unidade que define a potência máxima de um painel fotovoltaico), sai por volta de 14.000 reais.
Alguns bancos oferecem condições de financiamento voltadas para o segmento. Em alguns casos, o valor da parcela pode ficar menor do que a economia de energia. Ou seja, o sistema sairia, praticamente, de graça.
Segundo cálculos do Portal Solar, market place de equipamentos para energia solar, que opera uma linha de crédito com o banco BV, os maiores beneficiados são os consumidores com contas de luz a partir de 500 reais. Considerando um prazo de 72 meses de financiamento, a parcela de um sistema de pequeno porte ficaria por volta de 590 reais. Como a economia supera os 90%, um consumidor que paga cerca de 650 reais pode compensar o valor gasto.
Para os pequenos comércios, a vantagem é ainda maior. Segundo o BV, uma padaria, por exemplo, arcaria com uma parcela de 1.850 reais para instalar um sistema adequado às suas necessidades. Já a economia de energia pode chegar a 2.500 reais mensais.
Fonte: Portal Solar (preços coletados em março deste ano)