Taxas estão vinculadas à representatividade feminina na liderança e na cadeia produtiva (Luxy Images/Getty Images)
Bloomberg
Publicado em 13 de agosto de 2022 às 17h02.
Última atualização em 13 de agosto de 2022 às 17h04.
A Barloworld, que tem sede em Joanesburgo, planeja levantar até 1 bilhão de rands (US$ 61 milhões) em títulos de três e cinco anos, com taxas vinculadas à representatividade feminina em suas estruturas de liderança, bem como a participação de empresas de mulheres negras em sua cadeia produtiva.
Os detentores dos títulos com vencimento em dezembro terão a opção de mudar para a nova dívida, disse Kate Rushton, analista de crédito do Rand Merchant Bank em Joanesburgo, em uma nota aos clientes.
A venda, planejada para 17 de agosto em leilão, ocorre em meio a um esforço global para atingir as metas de ESG. O total global de novas dívidas vinculadas a metas de sustentabilidade e sociais emitidas neste ano já está próximo do nível de todo o ano de 2020, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Até agora, a emissão dos chamados títulos de gênero foram realizados, principalmente, por bancos de desenvolvimento e corporações, com emissores soberanos ainda a entrar neste setor do mercado. O governo sul-africano considerou um título soberano de gênero, mas a ideia ainda não saiu do papel.
Em janeiro, o Mibanco de la Microempresa da Colômbia emitiu US$ 28,4 milhões em títulos vinculados a metas de gênero. O NMB Bank da Tanzânia vendeu títulos para levantar recursos para conceder empréstimos acessíveis para empresas pertencentes ou controladas por mulheres.
O Banco Asiático de Desenvolvimento, o Banco Pichincha no Equador, a Impact Investment Exchange, com sede em Singapura, e a International Finance Corporation também emitiram títulos de gênero neste ano.