Apoio:
Parceiro institucional:
Daniel Randon, diretor-presidente da Randoncorp (Germano Lüders/Exame)
Jornalista
Publicado em 11 de junho de 2023 às 18h43.
Última atualização em 13 de junho de 2023 às 17h38.
Maior exportadora brasileira de transporte de carga, a Randoncorp usa os investimentos em inovação e a aproximação com startups para monitorar muito de perto o desenvolvimento de soluções que, além dos ganhos de eficiência, reduzam as emissões de poluentes e o uso de material, além de acelerar no modelo de eletrificação. Nos últimos anos, a companhia tem buscado estar ainda mais alinhada a essa pauta.
“Investimos em inovação e em tecnologias disruptivas que agregam valor, principalmente ao meio ambiente e às questões sociais”, diz o diretor-presidente da Randoncorp, Daniel Randon.
No ano passado, a Randoncorp vendeu seus primeiros eixos elétricos. O e-Sys, usado em carretas, foi desenvolvido com a participação da Suspensys, uma das empresas do grupo, e o CTR. O sistema de tração auxiliar elétrico foi equipado em modelos de semirreboques.
Um dos clientes, do Chile, passou a fazer uma rota menor e sem a necessidade de abastecer. O algoritmo possibilita à carreta interpretar as condições da estrada e determinar o funcionamento do sistema para a necessidade de tracionar ou de armazenar energia sem que haja comunicação com o veículo trator (o caminhão).
O eixo elétrico funciona na recuperação de energia gerada durante movimentos de frenagem, que é reaproveitada em momentos de necessidade de tração, como nas ultrapassagens. Com o eixo elétrico, as emissões de poluentes reduzem de 20% a 25%.
Outra solução alinhada à energia limpa apresentada no ano passado foi a Randon Solar, semirreboque frigorífico equipado com painéis solares e que conta com uma tecnologia patenteada, inédita na América Latina, para controle e gerenciamento de energia.
Ainda em 2022, a Randoncorp apresentou um tipo de plataforma modular que possibilita a montagem em conexões rebitadas. A solução diminui o uso de solda em cerca de 70%. Assim, há redução de peso e de uso de material. Em contrapartida, a plataforma permite agilidade para carga e descarga e reduz o consumo de combustível e de manutenções.
“São tecnologias que visam a redução de combustível, de peso e o uso crescente de energia elétrica. Não tem como voltar atrás, porque essa é a jornada que escolhemos”, garante Randon.
A rotina da operação da Randoncorp também busca estar alinhada ao que é desenvolvido para o mercado. O grupo se comprometeu a chegar, até 2025, ao nível de resíduo zero, e até 2030 a meta é reduzir em 40% as emissões de gases de efeito estufa.
Randon está otimista. Segundo o executivo, a última etapa é a reutilização dos refratários nos fornos de fundição. Hoje, 100% dos efluentes são reutilizados. Na Frasle, por exemplo, não há descarte em aterros há pelo menos 15 anos.