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Dow adota transporte ferroviário e mira corte de até 45% em emissões

A gigante química iniciou a implementação de um projeto de transporte de insumos para suas operações no Brasil e a primeira rota vai do Porto de Santos até o armazém da fábrica em Paulínia

Em média, um trem transporta o equivalente a 40 caminhões e traz ganhos em sustentabilidade e economia (Dow/Divulgação)

Em média, um trem transporta o equivalente a 40 caminhões e traz ganhos em sustentabilidade e economia (Dow/Divulgação)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 12h24.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2025 às 12h25.

Na Dow, a logística representa um desafio de descabonização: especialmente no escopo 3, que representa 70% das emissões de CO₂ da companhia e inclui o deslocamento e distribuição de insumos e produtos.

Pensando em reduzir sua pegada de carbono, a gigante química está apostando em um modelo de transporte ferroviário para suas operações no Brasil e inicia a implementação da primeira fase do projeto neste início de 2025. No país, o setor de transportes é um dos mais poluentes e o rodoviário ainda predomina, mesmo sendo o menos eficiente.

Desenvolvido em parceria com as empresas MRS Logística, Contrail Logística e DP World Brasil, a rota de trens conecta o Porto de Santos às unidades da empresa em Hortolândia e Paulínia, no interior de São Paulo.

A iniciativa pode reduzir em até 45% as emissões de CO2 por ano nas rotas selecionadas, contribuindo para a meta da Dow de cortar 5 milhões de toneladas de carbono até 2030, em relação aos níveis de 2020.

O transporte será coordenado pela Contrail Logística, que gerencia o Terminal Intermodal de Jundiaí (TIJU). O fluxo logístico começa no terminal marítimo da DP World Brasil, no Porto de Santos, passando pelo desembaraço aduaneiro na DSV – Global Transporte e Logística. Os contêineres seguem pela ferrovia da MRS Logística até o TIJU, de onde são levados por caminhões até as fábricas.

Sustentabilidade e competitividade

Segundo a Dow, o projeto proporciona outros benefícios: custo logístico competitivo e mais segurança, com a diminuição nos riscos de ocorrência de incidentes. 

Bruno Goya, diretor de Transporte Rodoviário, Armazéns e Intermodalidade da Dow na América Latina, disse que o objetivo é ampliar o modal ferroviário dentro da cadeia logística da companhia: "A intermodalidade combina as vantagens de cada modal, equilibrando velocidade e sustentabilidade".

O uso da ferrovia também traz ganhos financeiros e operacionais. Um trem transporta, em média, o equivalente a 40 caminhões, reduzindo o preço e o risco no transporte.

Atualmente, o setor ferroviário responde por aproximadamente 27% do transporte de cargas no Brasil e atrai mais investimentos, mesmo com os desafios da infraestrutura nacional.

Para Marco Dornelas, gerente comercial da MRS Logística, a diversificação das cargas transportadas pela ferrovia está em expansão. "Projetos como o da Dow mostram o potencial do modal em agregar valor à cadeia de suprimentos", destacou.

Mirando a expansão

O plano prevê expansão para novas rotas, com as próximas fases contemplando Jacareí e Jundiaí, também no interior paulista.

Além de mitigar impactos ambientais, a companhia pretende ofertar a intermodalidade como um diferencial competitivo para seus clientes, aumentando eficiência e volume de negócios.

Acompanhe tudo sobre:ESGTransporte e logísticaEmissões de CO2Sustentabilidade

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