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Dia da Mulher Negra: data é celebrada pelo Ministério da Cultura (FG Trade/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 25 de julho de 2023 às 15h58.
Última atualização em 25 de julho de 2023 às 16h57.
Reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado nesta terça-feira, 25, reforça a importância da luta contra o racismo e o machismo enfrentados pelas mulheres negras.
A data foi criada durante o primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, realizado em 1992.Conforme o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o dia relembra o marco internacional de luta e resistência da mulher negra para reafirmar a necessidade de enfrentar o racismo e o sexismo vivido até hoje por mulheres que sofrem com a discriminação racial, social e de gênero.
Na segunda-feira, 24, o Ministério da Cultura organizou o encontro “Mulheres Negras nos Espaços de Poder” para celebrar o dia. “Quero homenagear a honradez, a abnegação e a força dos milhões e milhares de mulheres que foram aviltadas e hostilizadas na sua condição e sofreram os piores massacres da história da humanidade. Apesar de tanto ‘não’, de tanta dor que nos invade, somos nós a alegria da cidade”, afirmou a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
“Por que um espaço de poder tem de causar espanto? É melhor vocês se acostumarem. Nós nos preparamos todos os dias para isso. Eu não tenho medo de estar onde estou”, disse a Yalorixá do Ilé Axé T’oju Labá, Mãe Dora Barreto, também presente no encontro realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Ainda segundo o MinC, em 2014 foi instituída a Lei nº 12.987, que definiu na mesma data o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, uma data em homenagem à memória da rainha Tereza.
Líder quilombola de destaque que resistiu à escravidão durante duas décadas no século 18, Tereza de Benguela lutou pela comunidade negra e indígena que vivia sob sua liderança naquela época. Ela liderou a resistência da população negra à frente do Quilombo de Quariterê, no Mato Grosso.