ESG

De executivas a ativistas: Janja se une a mulheres na COP27 e visa atuação para equidade de gênero

Janja chegou à COP27 nesta terça-feira e teve agenda "informal" com cerca de 20 participantes do grupo Mulheres Sustentáveis. Na ocasião, ela reforçou que quer ter uma agenda mais ativa do que a tradicionalmente atribuída para uma primeira-dama

Grupo Mulheres Sustentáveis se reunem com Janja (ao centro, de camisa branca) na COP27 (Leandro Fonseca/Exame)

Grupo Mulheres Sustentáveis se reunem com Janja (ao centro, de camisa branca) na COP27 (Leandro Fonseca/Exame)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 15 de novembro de 2022 às 14h27.

Última atualização em 15 de novembro de 2022 às 15h15.

Janja Lula, esposa do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva, participou de um encontro informal com o Grupo Mulheres Sustentáveis, dentro da COP27, na tarde desta terça-feira, 15. O grupo é formado por brasileiras que atuam nas pautas de sustentabilidade e direitos humanos em diferentes organizações.

A EXAME está na COP27, da ONU. Acesse a página especial e saiba tudo o que acontece no mais importante evento de mudanças climáticas, sustentabilidade e sociedade

O encontro reforça como Janja deve auxiliar a agenda de Lula nas pautas socioambientais. De acordo com as participantes da reunião, ela abordou seu histórico profissional, com passagem pela Eletrobras e Itaipu. "Foi possível perceber que algumas mulheres se impressionaram com o conhecimento dela sobre sustentabilidade", disse Marina Grossi, presidente do CEBDES.

As cerca de 20 mulheres também tiveram a oportunidade de se apresentar e, brevemente, dizer como atuam na pauta. "Ela ouviu a atuação de uma por uma. As pautas dela são associadas à mulher e por isso quis ter esse momento na COP27", disse Velma Gregório, fundadora da consultoria ÓGUI.

A atuação de Janja

No encontro, Janja disse que vai trabalhar em parceria com as organizações e de uma maneira "menos cerimonial", especialmente em temáticas como violência contra a mulher, abuso sexual de crianças, fome e a sustentabilidade como um todo.

"Ela quer tocar uma agenda diferente do papel tradicional da primeira-dama e ser mais atuante nas prioridades sociais do país. O conhecimento profissional dela é, neste sentido, indispensável", afirmou uma das organizadoras do grupo com cerca de 250 mulheres.

Participaram da reunião executivas como Tanaka, gerente de sustentabilidade da Ambev, Teresa Vernaglia, CEO da BRK, Ana Cabral, co-CEO da Sigma Lithium, Denise Hills, diretora de sustentabilidade da Natura, Camila Valverde, diretora de impacto do Pacto Global da ONU no Brasil. 

"Janja se colocou à disposição para articular pautas necessárias para avançarmos nos Objetivos Sustentáveis da ONU e na Agenda 2030, que olha para temas como igualdade de gênero, raça, e mais", afirmou Valverde.

Janja - Pacto Global da ONU

Camila Valverde, diretora de impacto do Pacto Global da ONU no Brasil, coloca em Janja broche que representa os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (Leandro Fonseca/Exame)

Agenda

Janja chegou na Blue Zone, área da COP27 onde acontecem as negociações e painéis, antes de Lula, que deve visitar o espaço na quarta-feira, 16.

Antes do encontro com as mulheres, Janja passou brevemente no Brazil Action Climate, espaço organizado pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e o Instituto ClimaInfo. A movimentação causou aglomeração e euforia. 

Por lá, a futura primeira-dama recebeu lideranças de movimentos negros, quilombolas e indígenas, além de aliados políticos, como a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT). "Foi tudo muito rápido, mas pudemos nos apresentar e tirar uma foto com ela", disse uma das participantes.

Janja na COP27

Aglomeração e euforia marcam a chegada de Janja na COP27 (Leandro Fonseca/Exame)

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