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Recife que abriga espécie ameaçada de extinção na China pode comprometer construção de terminal de gás natural de US$ 2 bilhões (Romeo GACAD / AFP/Getty Images)
Com mais de 7.000 anos, o recife de algas Datan provavelmente estava vivo e ativo antes de os humanos domesticarem o cavalo.
Mas o banco de areia rochoso, que se estende ao longo da costa norte de Taiwan e abriga uma espécie de coral em extinção, está sob risco devido a um projeto de importação de gás natural liquefeito de US$ 2 bilhões, dizem ativistas locais.
O empreendimento coloca ativistas ambientais contra o governo da presidente Tsai Ing-wen, que mostrou apoio à usina em meio à transição para combustíveis mais limpos e renováveis. Ativistas disseram que estão perto de atingir assinaturas suficientes para acionar um referendo, informou a Agência Central de Notícias na segunda-feira, o que poderia ocorrer já em agosto.
A oposição ao terminal de importação apresenta outro obstáculo para a estratégia de transição energética de Taiwan, que visa a extinção da energia nuclear até 2025 e aumentar a participação do gás natural para 50% da matriz energética. O gás representava quase 36% da matriz em 2020, e importar mais GNL é a única opção para o governo cumprir a meta.
“O governo respeita esse referendo para demonstrar a opinião pública”, disse o primeiro-ministro de Taiwan, Su Tseng-chang, em conversa com repórteres na terça-feira. “Por outro lado, também precisamos garantir a estabilidade no fornecimento de energia elétrica, o que beneficia o público e as indústrias.”
Fotografias subaquáticas mostram que não havia ecologia de recifes de algas na área de construção do porto industrial de Guantang, de acordo com comunicado no site do proprietário CPC Corp. O governo reduziu o tamanho do projeto em 90% para 23 hectares para atender às diretrizes de proteção ambiental, disse a ministra de Assuntos Econômicos de Taiwan, Wang Mei-hua, em post do Facebook no mês passado.
O projeto de Taiwan, que seria o terceiro terminal de GNL da CPC, deve ser concluído em 2025 e custará 60,1 bilhões de dólares taiwaneses (2,2 bilhões de dólares), de acordo com o site da empresa. O projeto recebeu sinal verde após avaliação da Administração de Proteção Ambiental em 2018.