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Em novo relatório de sustentabilidade, companhia anuncia metas de neutralizar emissões de carbono até 2030 e relata avanços nos programas de inclusão socioeconômica (LWSA/Divulgação)
Repórter de ESG
Publicado em 18 de setembro de 2024 às 08h00.
Última atualização em 20 de setembro de 2024 às 17h20.
A desigualdade na tecnologia é um problema já antigo que as empresas do setor buscam enfrentar. Ele se soma a desafios atuais, como atingir a neutralidade de carbono apesar dos avanços no uso de inteligência artificial e a sustentabilidade energética dos data centers.
Avançar nesses temas é uma das metas da LWSA, empresa de soluções digitais antes conhecida como Locaweb. A companhia — que surgiu como um serviço de hospedagem de sites na década de 1990 — passou por uma série de fusões e aquisições nos últimos anos, ganhando foco em soluções para e-commerce e empreendedorismo. Desde o ano passado, recebeu o novo nome. Além do serviço de hospedagem, a companhia agora conta com soluções para pagamentos, logística e serviços de software em suas 14 unidades de negócio.
A companhia divulgou neste mês seu relatório de sustentabilidade, em que estipula metas para a área de ESG. No pilar social, uma das estratégias aplicadas para tratar a desigualdade é a capacitação de minorias para que conquistem mais oportunidades de trabalho no setor. Um deles é o Quero Ser Dev, que capacita profissionais para a função de desenvolvedores. Ao longo de oito edições do programa, mais de 200 pessoas já foram capacitadas — e 75 delas foram contratadas pela própria LWSA.
Para 2024, a companhia planeja uma turma que seja formada apenas por mulheres e pessoas com deficiência, incentivando a entrada de profissionais mais diversos no mercado de trabalho de tecnologia.
O Level Dev é outro programa, dessa vez focado em mulheres, que busca acelerar a carreira de profissionais a níveis júnior e pleno. O objetivo é prepará-las para cargos sênior ou de especialista. De acordo com Nathalia Tupinambá, diretora de pessoas, cultura e ESG da LWSA, o programa afirmativo ajuda também a diminuir a taxa de rotatividade das funcionárias.
“Esse quadro, que vemos desde as turmas das universidades, também é refletido nas empresas de tecnologia e na LWSA. A média é de 80% de homens e 20% de mulheres. Queremos melhorar essa proporção no nosso trabalho”, explica. Atualmente, a taxa de mulheres na alta liderança da companhia é de 40%.
Make-A-Wish realizou 580 mil sonhos de crianças com doenças graves – e quer dobrar o impacto socialJá o Progr.Amar é uma capacitação voltada para o desenvolvimento de habilidades técnicas e comportamentais para pessoas com deficiência. Os profissionais também recebem uma ajuda de custo para cursar o ensino superior ou especializações. Em 2023, sete profissionais foram formados pelo programa, enquanto 16 tiveram incentivos financeiros concedidos ou renovados.
A empresa ainda conta com o Conectâe, programa de incentivo à empregabilidade de jovens em vulnerabilidade socioeconômica, que busca auxiliar na inserção digital da nova geração de profissionais.
Tupinambá explica que, como indústria de tecnologia, a LWSA vê uma responsabilidade em tornar a digitalização mais acessível para a população. “É garantir que tenhamos uma conexão com a nossa comunidade ao tornar esse mercado, que ainda é muito masculino, um pouco mais diverso a partir das nossas ações”, conta.
Na área ambiental, a companhia busca a neutralidade de carbono até 2030. Além de adquirir créditos de carbono para compensar suas emissões de escopo 1 e 2, a companhia passou a mapear no último ano as emissões indiretas, como o impacto no consumo de energia no home office e no uso de combustíveis em viagens corporativas.
Foi também em 2023 que a LWSA passou a consumir energia renovável nos seus data centers, que, segundo a diretora, são essenciais para atingir o sucesso no plano de descarbonização da companhia. “Entre os nossos desafios está não apenas compensar o que geramos de impacto negativo para o meio ambiente, mas também consumir de forma mais eficiente”, explica.
Tupinambá afirma que equipamentos com tecnologias mais antigas foram trocados no último ano para priorizar equipamentos com um melhor consumo energético, parte do desafio para melhorar a gestão e eficiência das fontes.