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Com temperaturas recordes, aumenta a chance de 2024 ser o ano mais quente já registrado

Com incêndios e muitas mortes causadas pelo calor, planeta alcança recordes sequenciais de altas temperaturas, mostra o observatório Copernicus

Calor: temperaturas médias mundiais durante os três meses do verão no Hemisfério Norte (junho, julho e agosto) foram as mais elevadas desde o início dos registros (Iñaki Berasaluce/Getty Images)

Calor: temperaturas médias mundiais durante os três meses do verão no Hemisfério Norte (junho, julho e agosto) foram as mais elevadas desde o início dos registros (Iñaki Berasaluce/Getty Images)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 6 de setembro de 2024 às 10h46.

As temperaturas médias mundiais durante os três meses do verão no Hemisfério Norte (junho, julho e agosto) foram as mais elevadas desde o início dos registros, superando o recorde estabelecido em 2023, anunciou nesta sexta-feira, 6, o observatório europeu Copernicus.

"Nos últimos três meses, o planeta registrou os meses de junho e agosto mais quentes, o dia mais quente e o verão mais quente do Hemisfério Norte", afirmou Samantha Burgess, vice-diretora do serviço de mudança climática do Copernicus.

"Essa série de recordes aumenta a probabilidade de 2024 ser o ano mais quente já registrado", acrescentou, consequência de uma concentração maior de gases do efeito estufa na atmosfera, devido à atividade humana.

Anomalia da temperatura ano a ano entre junho e agosto, que corresponde ao verão no hemisfério norte, em relação ao período de referência de 1991-2020, a partir de dados do relatório sobre a temporada de verão de 2024 realizado por Copernicus.

Vários países, como Espanha, Japão, Austrália (durante seu inverno, Hemisfério Sul) e algumas províncias da China, anunciaram esta semana que registraram níveis históricos de calor para agosto.

"Os fenômenos extremos observados neste verão devem se intensificar, com consequências devastadoras para a população e o planeta, a menos que adotemos medidas urgentes para reduzir os gases do efeito estufa", insistiu Burgess.

A humanidade, que emitiu quase 57,4 bilhões de toneladas do equivalente a CO2 em 2022, segundo a ONU, ainda não começou a reduzir a poluição atmosférica.

E os efeitos são visíveis em todos os continentes. Em junho, pelo menos 1.300 pessoas morreram em uma onda de calor durante a peregrinação anual dos muçulmanos à cidade de Meca.

A Índia, com temperaturas que superam com frequência os 45°C, testou os limites do seu sistema de energia elétrica e sofreu uma desaceleração econômica devido às chuvas de monção e inundações fatais.

Na região oeste dos Estados Unidos, várias pessoas morreram em incêndios depois de uma série de ondas de calor.

Em Marrocos, no final de julho, uma onda de calor brutal deixou 21 mortos em 24 horas no centro do país, que está a caminho do sexto ano consecutivo de seca.

Mas os balanços mais completos deste tipo de fenômeno levam tempo. Um estudo publicado em agosto calcula que as temperaturas elevadas provocaram as mortes de entre 30.000 e 65.000 pessoas na Europa em 2023.

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