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Emissões de carbono: o setor de transportes representa 16% das emissões no Brasil, e só perde para a agricultura (46%) (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de ESG
Publicado em 10 de janeiro de 2024 às 13h38.
Agricultura, transportes e resíduos são as três áreas que mais emitiram gases de efeito estufa (GEE) no Brasil em 2022, é o que aponta o relatório Net Zero Readiness Report 2023 da KPMG. Segundo o estudo, a agricultura foi responsável por 46% das emissões desses gases, enquanto transportes emitiram 16% e resíduos, 13%.
O estudo analisou as áreas de agricultura, transportes, resíduos, indústria, energia, eletricidade e edificações em mais de 20 países e usou informações do banco de dados de Emissões para Pesquisa Atmosférica Global, da Comissão Europeia (do inglês, European Commission’s Emissions Database for Global Atmospheric Research).
Ainda segundo o relatório, a maior parte desses setores registrou um aumento nas emissões absolutas de gases de efeito estufa de 2005 a 2022. O transporte lidera a lista com um aumento de 53% nas emissões absolutas durante o período, seguido por agricultura (46%) e resíduos (30%).
Sobre a intensidade das emissões de 2005 a 2022, o setor de transportes foi o único que teve um aumento de 10%. “Neste caso, foram utilizados os valores relativizados, ou seja, as emissões totais do setor foram divididas por algum fator para tentar desconsiderar variações. Por exemplo, a relativização dos setores de transporte e edificações foi feita por número de pessoas. Já as categorias economia, indústria e agricultura foram calculadas por receita do setor no ano de 2010”, diz Felipe Salgado, sócio-diretor líder de descarbonização da KPMG no Brasil.